CPI do MEC: Senadores cobram que fila de CPIs já protocoladas seja respeitada — Rádio Senado
CPIs

CPI do MEC: Senadores cobram que fila de CPIs já protocoladas seja respeitada

Senadores da base do governo querem que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, obedeça a uma ordem cronológica para a instalação de CPIs. O pedido foi feito logo após a oposição ter assinaturas para a criação da CPI do MEC, que vai investigar indícios de corrupção no Ministério da Educação. Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Plínio Valério (PSDB-AM) pediram prioridade, respectivamente, às CPIs das obras inacabadas, do Crime Organizado e das ONGs.

29/06/2022, 13h39 - ATUALIZADO EM 29/06/2022, 13h39
Duração de áudio: 02:49
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
SENADORES GOVERNISTAS QUEREM INSTALAÇÃO DE CPIS COM PEDIDOS DE CRIAÇÃO JÁ APRESENTADOS. A OPOSIÇÃO JÁ APRESENTOU MAIS DE TRINTA ASSINATURAS PARA A INSTALAÇÃO DA CPI DO MEC. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA Senadores da base do governo defendem o critério de ordem cronológica para a instalação de Comisões Parlamentares de Inquérito. O pedido foi feito logo após ser atingido o número necessário de assinaturas para a criação da CPI do MEC, que vai investigar indícios de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação. O líder do governo, senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, enviou um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, solicitando a leitura do requerimento, apresentado em abril, da CPI de obras públicas inacabadas de creches, escolas e universidades bancadas pelo MEC. Já Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, saiu em defesa da CPI das ONGs que aguarda instalação desde 2019. O parlamentar reforçou que o requerimento já foi lido em Plenário, o que daria prioridade na instalação. Foi atropelada uma vez pela CPI da Covid, o Supremo se meteu indevidamente mandando instalar e foi instalada e agora corre o mesmo risco. Não tenho nada contra a CPI do MEC, embora esteja sendo invetigada pela Polícia Federal, Ministério Público, TCU e das ONGs não. Ninguém fiscaliza ONG. Eu fui eleito pelo Amazonas me comprometendo a fazer essa CPI. Então eu nção quero barrar a CPI do MEC, eu não quero é ser barrado mais uma vez. Já o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, cobrou a instalação da CPI do Crime Organizado e Narcotráfico, protocolada em abril. Para ele, a proximidade das eleições vai transformar a CPI do MEC em palanque eleitoral, a exemplo do que aconteceu, segundo ele, com a CPI da Pandemia. Fazer uma CPI agora, às vésperas da eleição, há 100 dias da eleição?! Isso é uma coisa que é jogar contra o País, não é questão de oposição. Então, quero só deixar claro que eu sou contra CPI, seja a da Petrobras, que o Governo quer, seja a do MEC, que a Oposição quer, porque as instituições no Brasil funcionam com independência: CGU, Polícia Federal, Ministério Púbico, todo undo está trabahando neste caso.  Para o autor da CPI do MEC, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustanbilidade do Amapá, a ordem cronológica é uma tentativa do governo de impedir as investigações.   Quanto à ordem de CPIs, o governo vai ter que melhorar um pouquinho na ordem dos argumentos para obstruí-la. CPI não tem ordem cronológica, CPI é direito constitucional da minoria. Conseguiu as assinaturas, se instala. Pode ter 20, a gente faz todas, não tem problema. O duelo com CPI fakes, nós não cairemos nessa armadilha. Nós queremos que uma CPI de verdade funcione – essa. Também aguardam instalação outras CPIs já lidas em plenário: a do Desmatamento ilegal na Amazônia e a das Queimadas e Desmatamento na Amazônia Legal. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

Ao vivo
00:0000:00