Embaixador afirma que operação é para garantir direito de russos na Ucrânia — Rádio Senado

Embaixador afirma que operação é para garantir direito de russos na Ucrânia

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) recebeu o Embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Kazimirovitch Labetskiy, para prestar informações sobre a crise internacional entre Rússia e Ucrânia e suas consequências. O Embaixador citou como objetivos das operação militar russa na Ucrânia a desnazificação, desmilitarização, defesa dos direitos legítimos dos dois estados de Donetsk e Lugansk, defesa dos direitos dos russos descendentes e garantias de segurança da Rússia.

05/04/2022, 18h59 - ATUALIZADO EM 05/04/2022, 18h59
Duração de áudio: 03:10
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES OUVIU O EMBAIXADOR DA RÚSSIA SOBRE O CONFRONTO COM A UCRÂNIA ALEXEY (ALÉQUISEI) LABETSKIY (LABÉTSQUI) ESCLARECEU QUE O CONFLITO TEVE ORIGEM EM 2014 E CRITICOU A PROPAGAÇÃO DE FAKE NEWS SOBRE A GUERRA. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  O Embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy afirmou que a crise com a Ucrânia não teve início agora, e sim com a derrubada, em 2014, do governo ucraniano legitimamente eleito e o início da perseguição da população com ascendência russa: O governo legitimamente eleito foi derrubado pelas forças nacionalistas, direitistas e nazifascistas que foram apoiados pela maioria dos países do ocidente e que foram financiados por Washington. O golpe de estado levou à realidade muito diferente: um país multiétnico tomou  o rumo de aniquilação das entidades étnicas diferentes dos chamados ucranianos. Os russos descendentes, que é quase a metade da população ucraniana, foram quase proclamados "fora da lei". Alexey Labetskiy enumerou os objetivos do governo russo com a operação, como a desnazificação, com a eliminação de células nazistas do território ucraniano e criticou a propagação de Fake News sobre o conflito : E os objetivos estão claros: desnazificação, desmilitarização, a defesa dos direitos legítimos dos dois estados de Donetsk e Lugansk que nós reconhecemos no dia 22 de fevereiro, a defesa dos direitos dos russos descendentes e as garantias de segurança da Federação da Rússia. A parte ucraniana, com o apoio dos seus correligionários na Otan e em Washington, tenta apresentar, de vez em quando, os acontecimentos de maneira distorcida.  A audiência pública ocorreu a pedido da presidente da Comissão de Relações Exteriores, Kátia Abreu, do PP do Tocantins, que destacou o perfil pacifista do colegiado e advertiu que a não suspensão das hostilidades constitui uma ameaça: É importante ter em mente que a não suspensão imediata das hostilidades pode, a cada dia, aumentar o número de mortos da população civil e indefesa, e constitui ameaça inaceitável à paz e à segurança global. Igualmente, desestabilizante e de grande proporções são as consequências econômicas que o conflito impõe ao mundo inteiro. A produção e a distribuição de combustíveis encontram-se pressionadas, cadeias produtivas têm sido severamente afetadas. Há riscos para a segurança alimentar do planeta.  O embaixador ainda citou como outros motivos do conflito a aproximação da Otan das fronteiras russas e o não cumprimento de acordos sobre limitação da corrida armamentista pelos Estados Unidos. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro COM O OBJETIVO DE DAR VOZ AOS DOIS LADOS DO CONFLITO, NESTA QUARTA, A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES IRÁ OUVIR O ENCARREGADO DE NEGÓCIOS DA UCRÂNIA, ANATOLIY (ANATÓLI) TKACH (TICATI)

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