Comissão de Educação mantém audiência com o agora ex-ministro Milton Ribeiro

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PRESIDENTE DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MANTÉM AUDIÊNCIA PARA O AGORA EX-MINISTRO MILTON RIBEIRO EXPLICAR IRREGULARIDADES NOS REPASSES DO FNDE. PARA ALIADOS, A EXONERAÇÃO E AS INVESTIGAÇÕES PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ENFRAQUECEM A OITIVA. PARA A OPOSIÇÃO, A SAÍDA DELE NÃO DEVE IMPEDIR AS APURAÇÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Por considerar graves as denúncias, o presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro, do MDB do Piauí, manteve para quinta-feira a oitiva do agora ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele deixou o cargo nessa segunda-feira após acusações de favorecimento a religiosos. Segundo notícias, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura teriam cobrado de prefeitos R$ 15 mil para apresentarem ao MEC o pedido de liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. E de 1 kg de ouro, avaliado em R$ 300 mil, após o dinheiro ser depositado na conta da prefeitura. Para Marcelo Castro, no entanto, o pedido de demissão não encerra as investigações. (Marcelo) Após denúncias de tráfico de influência e denúncias de prefeitos que se disseram achacados, o ministro resolveu exonerar-se. O ministro está com a audiência marcada para quinta-feira. A audiência está mantida e nós esperamos o ministro para que dê as explicações necessárias para a elucidação de fatos tão graves envolvendo a educação do nosso país. O vice-líder do governo, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, avalia que o ex-ministro não precisa comparecer à Comissão de Educação, já que Milton Ribeiro é investigado pelo Ministério Público Federal. A saída do ministro Milton Ribeiro do Ministério da Educação esvazia a pauta do chamamento ao Senado Federal. Os precedentes são no sentido de que mesmo com a demissão, mesmo com a saída, ele continua convocado. Agora, do ponto de vista político, vejo como desnecessária a ida dele ao Senado Federal. Mas havendo o entendimento de manter o convite a ele, acho que ele deve comparecer e oferecer todas as respostas que se fizerem necessárias. Por se tratar de convite, Milton Ribeiro não é obrigado a comparecer à Comissão de Educação e ainda poderá se valer da sua condição de investigado para não participar dessa audiência. Na carta entregue ao presidente Jair Bolsonaro, Milton Ribeiro diz que “jamais realizou um único ato que não fosse pautado pela correção, probidade e compromisso com o erário”. E declarou que demonstrada a sua inocência estará de volta ao governo Bolsonaro. Assume o Ministério da Educação interinamente o atual secretário-executivo, Victor Godoy Veiga. Da Rádio Senado, Hérica Christian.