Comissão de Petrópolis sugere sistema eficiente de aviso de chuvas fortes e apoio para a criação de Instituto de Geologia

Transcrição
A COMISSÃO QUE ACOMPANHA EFEITOS E MEDIDAS SOBRE AS FORTES CHUVAS QUE ATINGIRAM PETRÓPOLIS, NO RIO DE JANEIRO, OUVIU REPRESENTANTES DOS GOVERNOS FEDERAL E ESTADUAL SOBRE AS AÇÕES NA REGIÃO. SENADORES DEFENDEM NOVOS SISTEMAS DE MONITORAMENTO E AVISO DE CHUVAS, ALÉM DA CRIAÇÃO DE UM INSTITUTO DE GEOLOGIA. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Em audiência pública, o presidente da Comissão que acompanha os efeitos e futuras medidas em relação às fortes chuvas que atingiram Petrópolis, no Rio de Janeiro, senador Romário, do PL fluminense, defendeu medidas que impeçam a perda de vidas por causa dos fortes temporais. Essa comissão acredita realmente, definitivamente, que ao término desse período de praticamente trinta dias a gente consiga ter uma ideia bem clara das coisas, das ações que a gente vai poder fazer e realizar daqui pra frente pra poder evitar ao máximo que outras tragédias como essa, a gente possa salvar o maior número de vidas. O representante da Agência Nacional de Mineração, Roger Romão, defendeu a importância do gerenciamento de risco e da prevenção. E risco a gente tem que gerenciar, né? Eu tive a oportunidade de fazer um curso lá no Japão, primeiro dia de aula, o professor falou, segurança tem que ser princípio e não prioridade. Então a gente tem que conscientizar isso, a população tem que ter um trabalho de capacitação, fazer treinamentos constantes. Já o subsecretário de Estado de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Márcio Romano, declarou que qualquer medida relacionada à modernização do sistema de alarmes e monitoramentos precisa contar com apoio da população. O sistema é um sistema, mas pode ser outro. Eu já vi em municípios funcionar sistemas de pessoas de porta em porta bater. E as pessoas saírem. Então, o que é mais importante disso tudo é a população entender também que ela precisa respeitar o que a Defesa Civil fala. Se ela diz que é necessário e importante sair do local, ela tem que sair, é importante. Então, precisamos sim massificar essa informação. Apesar da atuação em todo estados, o presidente do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Cláudio Almeida Magalhães, ressaltou que desde as chuvas de fevereiro, a prioridade no atendimento é Petrópolis. Nós fizemos um procedimento emergencial, colocamos equipe lá em cima que está “virada”, logicamente com as trocas das equipes, né? Fazendo todo esse todo esse mapeamento de risco remanescente. O relator da Comissão Temporária de Petrópolis, senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, defendeu a construção de um Instituto de Geologia na região. A criação desse instituto de geologia da maior importância, eu acredito, para a região de Petrópolis e a partir dele como um exemplo para as demais municípios da região serrana. Talvez com quinze, vinte servidores concursados você consiga um corpo qualificado que possa adiantar e buscar os recursos. É lógico que a gente está falando de projetos de médio e longo prazo, mas que se não começarem agora serão de prazo ainda mais longo. Carlos Portinho lamentou que os secretários estadual e municipal de Meio Ambiente não estivessem presentes na audiência. Ele defendeu a realização de eventos anuais de simulação, envolvendo todos os governos, e sugeriu a construção de pontos de recebimento de pessoas atingidas por desastres. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.