Caixa Econômica não tem relação com apólice do voo da Chapecoense, dizem representantes do banco
Representantes da Caixa Econômica Federal afirmaram na CPI da Chapecoense que o banco não tem relação com a apólice do voo que caiu na Colômbia em 2016. A Caixa possui outros contratos com a seguradora Tokio Marine. O senador Jorginho Mello (PL-SC) disse que a ideia não é responsabilizar o banco, mas alertar sobre parcerias com empresas com pendências jurídicas.
Transcrição
REPRESENTANTE DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ESCLARECE QUE BANCO NÃO É RESPONSÁVEL PELA APÓLICE DO VOO DA CHAPECOENSE, QUE CAIU NA COLÔMBIA EM 2016.
SEGUNDO A INSTITUIÇÃO, O CONTRATO COM A SEGURADORA TOKIO MARINE DIZ RESPEITO A OUTRAS ATIVIDADES, COMO A CRIAÇÃO DE UMA NOVA EMPRESA DE SEGUROS. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
Em reunião da CPI que investiga o acidente aéreo ocorrido com o time da Chapecoense em 2016, o vice-presidente de logística e operações da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira, afirmou que, embora existam contratos com uma das seguradoras do avião acidentado, Tokio Marine , o banco não possui qualquer relação com a apólice do voo da Chapecoense.
Antônio – Sobre o caso específico do tema da CPI, do resseguro da aeronave Lamia envolvida no trágico acidente que vitimou jogadores dirigentes da Chapecoense, jornalistas, quando se dirigiam ao final da copa sul-americana de 2016 na Bolívia, esclareço que nem a Caixa, nem as empresas do conglomerado têm qualquer conexão com os contratos de seguros e resseguro em questão. Desconhece os termos e condições desse instrumento ou de qualquer outro acordo comercial firmado entre as empresas envolvidas.
O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, confirmou a informação do representante da Caixa.
Ao que me consta, a Caixa Econômica não possui relação com a apólice securitária investigada. A parceria da Caixa com a Tóquio Marine foi fruto de uma estratégia de longo prazo que resultou na criação de uma nova companhia seguradora. Então, eu temo que possa ter um viés em que se venha a imputar corresponsabilidades a quem não merece.
O presidente da CPI, senador Jorginho Mello, do PL de Santa Catarina, ressaltou que a ideia não é responsabilizar a Caixa Econômica, mas alertar o banco sobre novos contratos com seguradoras.
Jorginho – O compliance de vossas excelências na Caixa deve ser rigoroso com empresas que atuam no Brasil, que prestam serviços, nada mais nada menos, para a Caixa Econômica Federal, para a Petrobrás, e que ganham muito dinheiro.
A queda do voo da Chapecoense provocou a morte de 71 pessoas, entre jogadores, comissão técnica e jornalistas. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.
