Senadores repudiam fala de apresentador de podcast em defesa de legalidade do nazismo — Rádio Senado
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Senadores repudiam fala de apresentador de podcast em defesa de legalidade do nazismo

Senadores repudiaram fala de apresentador de podcast que defendeu a legalização de um partido nazista no Brasil. O Senado terá nesta quinta-feira (10), às 9h, uma sessão para relembrar os seis milhões de judeus mortos pelos nazistas durante o holocausto.

09/02/2022, 13h34 - ATUALIZADO EM 09/02/2022, 13h34
Duração de áudio: 02:36
Reprodução/Twitch @flowpodcast

Transcrição
SENADORES REPUDIAM FALA DE APRESENTADOR DE PODCAST SOBRE LEGALIZAÇÃO DE PARTIDO NAZISTA NO BRASIL. SENADO TERÁ SESSÃO NESTA QUINTA-FEIRA, ÀS 9 DA MANHÃ, PARA RELEMBRAR MILHÕES DE JUDEUS MORTOS PELOS NAZISTAS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Segundo o Museu do Holocausto dos Estados Unidos, é praticamente impossível registrar com exatidão o número de mortos pelo Nazismo nas décadas de 30 e 40. Estimativas indicam que pelo menos 6 milhões de judeus foram assassinados. Além dos judeus, foram mortos pelo menos 250 mil pessoas com deficiência, 250 mil ciganos e milhares de homossexuais. Um comentário do apresentador Monark do podcast Flow sobre a legalização de um partido Nazista no país gerou repúdio. Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, que é judeu, afirmou que “defender o nazismo não é liberdade de expressão" mas "um acinte repugnante e criminoso”. O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que a defesa do nazismo é totalmente contra a constituição brasileira:  O direito de organização e a liberdade de expressão daqueles que professam ideias nazistas é claramente se colocar contra a liberdade é claramente se colocar contra a Constituição e é claramente uma forma de se se mostrar tolerante com que pratica a intolerância o tempo inteiro. O primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego, do MDB da Paraíba, declarou que a apologia ao nazismo, além de atentar contra a Constituição, é, em si, a negação de qualquer valor humanista. O senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, lamentou que influenciadores defendam a abertura de um partido nazista e ressaltou que o Senado terá uma sessão nesta quinta-feira para homenagear as vítimas do Holocausto. Jaques Wagner –  Esta é a hora que aqui no Senado vamos nos manifestar para que nunca mais aconteça holocausto. Foram milhões de seres humanos assassinados nas câmaras de gás sob a égide da teoria da construção da raça pura. E portanto é sempre importante lembrar pra que isso não renasça na cabeça de ninguém. O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai investigar a prática de eventual crime de apologia ao nazismo pelo deputado federal Kim Kataguiri, do Democratas de São Paulo, que participou do podcast Flow e pelo apresentador do programa Monark. Pela lei, esse crime pode ser punido com até cinco anos de prisão e multa. Após ser desligado do Podcast Flow, Monark pediu desculpas e alegou que estava bêbado durante a gravação do programa. Kim Kataguiri afirmou que “seu discurso foi absolutamente antinazista”. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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