Projeto prevê expulsão de torcedor que praticar homofobia ou transfobia em eventos esportivos
O central Diego Dutra, do Brasília Vôlei, relatou em suas redes sociais uma agressão homofóbica sofrida enquanto se preparava para sacar em uma partida da Superliga. Para coibir atos como esse, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) apresentou uma proposta (PL 2354/2021) que prevê a expulsão do local do evento com consequências criminais para quem apresentar cartazes ou enotar gritos homofóbicos ou transfóbicos.
Transcrição
PROJETO PREVÊ EXPULSÃO DE TORCEDOR QUE PRATICAR HOMOFOBIA OU TRANSFOBIA EM EVENTOS ESPORTIVOS PODERÁ SER EXPULSO DO LOCAL E RESPONDER CRIMINALMENTE PELO ATO.
NA SUPERLIGA, UM NOVO CASO DE HOMOFOBIA TEVE COMO VÍTIMA O CENTRAL DIEGO DUTRA, DO BRASÍLIA VÔLEI. REPÓRTER RODRIGO RESENDE.
O central Diego Dutra, do Brasília Vôlei, se preparava para sacar após a equipe conquistar um ponto no duelo contra a equipe de Natal. Mas além da tensão inerente ao momento do saque, Diego Dutra enfrentou um segundo desafio: um torcedor da equipe adversária disparou ofensas homofóbicas, se referindo de forma pejorativa à orientação sexual do jogador. No final da partida, Diego Dutra informou ao delegado do jogo o fato e o agressor foi identificado. Para coibir agressões como essa está em análise no Senado um projeto do senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, que proíbe cantos ou cartazes homofóbicos e transfóbicos em eventos esportivos.
Por medo do preconceito, torcedores gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis deixam de frequentar estádios e escondem sua orientação sexual e identidade de gênero. A homofobia e a transfobia seguem como um grave problema no mundo dos esportes, especialmente no futebol. E faltam iniciativas públicas para enfrentá-lo.
O projeto, que altera o Estatuto do Torcedor, determina que o ato de homofobia ou transfobia pode ser punido com a exclusão imediata do torcedor do local do evento com possíveis consequências criminais, chegando à reclusão. Também prevê punições para torcidas organizadas que entoarem cânticos discriminatórios. A proposta ainda será discutida nas comissões temáticas antes de ir para o Plenário. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.