Grupo de Trabalho vai apurar crise no Inep
Senadores coordenados pelo presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Educação, Izalci Lucas (PSDB-DF), vão monitorar situação no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Reduções no orçamento da autarquia, frequentes trocas de gestores e entrega de cargos comissionados motivaram criação de grupo pela Comissão de Educação. Uma auditoria do Tribunal de Contas da União no Inep também foi aprovada pelo Senado.
Transcrição
PARLAMENTARES ACOMPANHAM CRISE NO INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA, O INEP.
RECENTE ENTREGA DE 37 CARGOS EM COMISSÃO POR SERVIDORES DE CARREIRA TRAZ PREOCUPAÇÃO. REPÓRTER JANAÍNA ARAÚJO.
Criado a pedido do presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, grupo de trabalho vai esclarecer motivos para constantes trocas de gestores e pedidos de afastamentos feitos por servidores com cargos de gerência.
O coordenador, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Educação, mais quatro senadores titulares e outros quatro suplentes do grupo terão a missão de sugerir ações para o funcionamento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Marcelo Castro falou sobre as iniciativas tomadas no Congresso para monitorar a situação na autarquia:
Nós estamos, todos nós ligados à educação, muito preocupados com uma instituição tão séria, de tanta tradição no Brasil, tão respeitável como o Inep. E vamos, então, trabalhar nessas frentes. A Câmara dos Deputados aprovou um grupo de trabalho para acompanhar o desenrolar desse problema. Nós aprovamos um também aqui, no Senado. Eu espero que façam um trabalho conjunto e vamos acompanhar de perto.
Vice-presidente da Comissão de Educação, a senadora Leila Barros, do Cidadania do Distrito Federal, também teve requerimento sobre o assunto aprovado no Plenário do Senado. Ela solicitou uma auditoria do Tribunal de Contas da União no Inep. Leila afirmou que as reduções no orçamento do instituto e as manifestações de servidores levam a crer na provável deterioração da capacidade operacional da autarquia.
Nós estamos no quinto gestor trocado ali na autarquia e a gente não pode mais aceitar essa situação. Mudando o comando, não se tem continuidade, não se tem planejamento e a gente vê essa desorganização, essa bagunça. Entra governo, sai governo, e ele quer ter influência política e ideológica. O governo tem que oferecer uma educação de qualidade. Então, o que temos que fazer no mínimo, aqui, é proteger essas entidades, esses servidores e o trabalho deles. Nós vamos ter respostas sobre a capacidade operacional, devido a essa tentativa de desmonte do Inep.
Vinculada ao Ministério da Educação, o Inep tem entre suas atribuições a realização das provas de avaliação da qualidade da educação, como o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Da Rádio Senado, Janaína Araújo.