Aprovada inclusão de Bezerra de Menezes no Livro dos Heróis da Pátria — Rádio Senado

Aprovada inclusão de Bezerra de Menezes no Livro dos Heróis da Pátria

O Plenário do Senado aprovou o PL 4323/2021 que inscreve o nome de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, o Doutor Bezerra de Menezes, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Bezerra de Menezes nasceu em 29 de agosto de 1831, no estado do Ceará. Foi vereador, deputado, divulgador da Doutrina Espírita e médico dedicado a atender às pessoas mais pobres, que não podiam arcar com os custos de consultas e tratamentos.

16/12/2021, 19h57 - ATUALIZADO EM 16/12/2021, 19h58
Duração de áudio: 03:22
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Transcrição
O SENADO APROVOU PROJETO QUE INSCREVE NO LIVRO DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA PÁTRIA O NOME DE ADOLFO BEZERRA DE MENEZES CAVALCANTI CONHECIDO COMO “MÉDICO DOS POBRES”, DOUTOR BEZERRA DE MENEZES FOI POLÍTICO E DIVULGADOR DA DOUTRINA ESPÍRITA. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto de 1831 na fazenda Santa Bárbara, em Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, município do Estado do Ceará. Aos 19 anos, foi para o Rio de Janeiro, então capital do Império, para estudar medicina. Para se sustentar, dava aulas de filosofia e matemática. Formou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1858, ingressou no Corpo de Saúde do Exército, como cirurgião tenente. No mesmo período, colaborou escrevendo para revistas como a da “Sociedade Físico-Química". No ano de 1860, foi eleito vereador para Câmara Municipal do Rio de Janeiro e em 1867 para deputado-geral pelo Rio de Janeiro, cargo que exerceu até 1885. Com o fim de 30 anos de vida parlamentar, passou a dedicar-se à caridade e à divulgação da Doutrina Espírita, como conta o autor do projeto, senador Eduardo Girão do Podemos do Ceará:  Se dedica a ajudar as pessoas, tanto é que é conhecido como o médico dos pobres. Foi um dos responsáveis pela Abolição da Escravatura no Brasil, um ambientalista, um homem à frente do seu tempo no empreendedorismo. O nome Bezerra de Menezes está no mundo inteiro, em centros espíritas, porque ele abraçou a doutrina. Naquela época, você se declarar espírita era um escândalo, era algo assim meio surreal no Brasil Império. Ele, lá no Rio de Janeiro, fez essa declaração e começou a escrever em jornais sobre a doutrina. Texto publicado pela Federação Espírita Brasileira registra que o consultório de Bezerra de Menezes sempre estava cheio de pessoas necessitadas, sem dinheiro para pagar consultas, que eram atendidas pelo médico. Eduardo Girão citou um exemplo do altruísmo do Dr. Bezerra de Menezes:  chega uma mãe em apuros, com a filha doente, com febre altíssima que foi à casa dele, lá na Tijuca, bater. Ele ajudou, fez todo o procedimento e disse: "Olha, a senhora precisa comprar um remédio para essa criança. Está aqui, urgentemente." E a mãe não tinha dinheiro. Ele já tinha doado tudo, porque era totalmente desapegado, ajudava as entidades, ajudava todos. Ele tira o anel de formatura, que era a única coisa que ele tinha ainda, e dá para a maezinha comprar o remédio da filha. Bezerra de Menezes morreu pobre, no dia 11 de abril de 1900. Com a sua morte, foi preciso criar uma comissão para angariar donativos para ajudar na manutenção de sua família. O projeto que inclui Bezerra de Menezes no livro dos Heróis da Pátria agora será analisado pela Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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