Comissão Senado do Futuro debate empreendedorismo digital — Rádio Senado
Audiência pública

Comissão Senado do Futuro debate empreendedorismo digital

A Comissão Senado do Futuro debateu nesta sexta-feira (10) o empreendedorismo digital e as oportunidades oferecidas para a juventude diante das transformações econômicas e sociais do País. Especialistas do setor apontam que quase 90% das empresas brasileiras investiram em projetos de transformação digital desde o ano passado, impulsionados pela pandemia.

10/12/2021, 12h40 - ATUALIZADO EM 10/12/2021, 12h46
Duração de áudio: 03:12
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATEU O EMPREENDEDORISMO DIGITAL E AS OPORTUNIDADES PARA A JUVENTUDE DIANTE DAS TRANSFORMAÇÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS DO PAÍS. ESPECIALISTAS APONTAM QUE QUASE 90% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS INVESTIRAM EM PROJETOS DE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DESDE O ANO PASSADO. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. Empreendedorismo digital significa basicamente usar meios virtuais, como a internet, para comercializar produtos ou serviços. Lojas, cursos, jogos, aplicativos, blogs especializados, consultorias técnicas. Esse mercado começou a surgir na década de 70 e vem avançando ao longo dos anos, junto com o desenvolvimento da tecnologia e as mudanças provocadas na sociedade moderna. Três grandes vantagens atraem os jovens para os negócios digitais: a flexibilidade de horário, o baixo custo e a dispensa de um espaço físico. Mas para o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, ainda existem muitas barreiras para que os brasileiros possam usufruir das oportunidades na área. Lamentavelmente nosso país ainda não se conscientizou da importância de capacitar os nosso jovens e por isso há essa imensa multidão de jovens sem emprego e sem perspectiva exatamente porque a escola não oferece no ensino médio a educação profissional. O presidente do Instituto Iluminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social, Gilberto Lima, destacou que existem 47 milhões de jovens entre 16 e 25 anos no País e que 91% deles têm algum tipo de acesso à internet, mas 48% não têm perspectiva de vida. Ao mesmo tempo que nós estamos falando de tecnologia que leva o homem a Marte, nós vimos agora nesse país os jovens perderem o ano letivo e não terem acesso a um tablete ou um celular, não terem acesso a uma conectividade. O mundo vai caminhando para internet global, para uma série de disrupções novas só que as velhas estruturas não acompanham a necessidade desses jovens. A tecnologia está aí à disposição para fazer uma transformação radical no empreendedorismo, na condição social da população, é preciso querer. O representante da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Leandro Conti, disse que há a expectativa de investimento de R$ 400 bilhões no Brasil, o que vai gerar uma grande demanda de empregos no setor. Ele afirmou que é preciso incentivar essa indústria e a formação de trabalhadores especializados. Nós temos hoje um déficit de profissionais disponíveis para ocupar as vagas já existentes e muito mais vagas serão geradas nos próximos anos. Nossa previsão na Brascom é de quase 800 mil novos empregos nessa área. Nós precisamos de pessoas preparadas mas acreditamos também que políticas públicas para ajudar a desenvolver esses profissionais pra que possam gerar sua renda, ajudar o Brasil a se desenvolver e levar nossa indústria para o mundo todo. Os especialistas apontaram que a pandemia impôs ao mundo uma nova realidade virtual para viabilizar a continuidade do ensino e garantir a sobrevivência do comércio, mesmo com a determinação de regras de isolamento social para evitar o contágio da população. Quase 90% das empresas do País entraram na era da transformação digital no ano passado, segundo dados da Dell Technologies. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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