CDH debate dados sobre a violência contra a mulher durante a pandemia — Rádio Senado

CDH debate dados sobre a violência contra a mulher durante a pandemia

A Comissão de Direito Humanos (CDH) apresentou e debateu, em audiência pública, os dados sobre a violência contra a mulher durante a pandemia. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. A senadora Leila Barros, do Cidadania do Distrito Federal, foi a autora do requerimento para a sessão.

09/12/2021, 18h37 - ATUALIZADO EM 09/12/2021, 20h12
Duração de áudio: 02:35
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU DADOS SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DURANTE A PANDEMIA. A PESQUISA FOI REALIZADA PELO INSTITUTO DE PESQUISA DATASENADO EM PARCERIA COM O OBSERVATÓRIO DA MULHER CONTRA A VIOLÊNCIA. A REPORTAGEM É DE MANUELA MOURA: A Comissão de Direitos Humanos apresentou e debateu, em audiência pública, os dados sobre a violência contra a mulher durante a pandemia da Covid-19. A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, em  parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. De acordo com o documento a violência sofrida por mulheres é principalmente física, seguida por psicológica, moral, patrimonial e sexual. A senadora Leila Barros, do Cidadania do Distrito Federal, autora do requerimento para a sessão, acredita que a divulgação, conhecimento e discussão deste tipo de dados faz-se especialmente necessária neste momento em que a violência contra a mulher cresceu durante a pandemia. Leila Barros afirma que os diversos tipos de violência contra a mulher deixam marcas na sociedade. Não poderia ser diferente: a agressão contra a mulher deixa diversas pegadas estatísticas que podem aparecer no serviço médico, no boletim de ocorrência, na emissão de medidas de proteção, na acusação do ministério público, no trânsito jurídico do julgamento e, infelizmente, nos dados de feminicídio. Maria Teresa Firmino, coordenadora do Observatório da Mulher Contra a Violência do Senado Federal, explica a importância da pesquisa que foi realizada e afirma que é preciso ouvir primeiro, entender as demandas e melhorar as políticas de proteção desenvolvidas: A pesquisa que a gente tá apresentando aqui hoje, traz em forma de números muitas vozes. Vozes de mulheres que precisam ter o seu lugar para romper relações tóxicas e de mulheres que precisam de proteção, mesmo depois que ela deixa os seus agressores.  A atriz, modelo e ativista, Luiza Brunet, comparou a Covid-19 com a violência doméstica e disse que os dois são vírus que causam estragos na mesma intensidade. Esse vírus da violência doméstica é tão epidêmico quando o da covid que a gente tá vivendo agora, né?! tão longamente. Essa doença histórica cresceu nesse ambiente de tensão e a gente sabe disso. Os índices das agressões contra as mulheres aumentou com a mesma progressão que a curva epidemiológica do coronavírus. O arquivo final e completo da pesquisa pode ser acessado em www.senado.leg.br/datasenado. Sob supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Manuela Moura.

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