CPI da Pandemia entrega relatório para a PGR no Distrito Federal e para o TCU — Rádio Senado
CPI da Pandemia

CPI da Pandemia entrega relatório para a PGR no Distrito Federal e para o TCU

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) entregaram o relatório final da CPI para a Procuradoria-Geral da República no Distrito Federal e ao Tribunal de Contas da União. Segundo Alessandro Vieira (Cidadania-SE), a PGR-DF deverá investigar os indiciados sem foro privilegiado, a exemplo de ex-ministros. Randolfe Rodrigues explicou que o TCU vai apurar as denúncias relacionadas às empresas VTCLog e Precisa Medicamentos, além dos hospitais federais do Rio de Janeiro.

28/10/2021, 13h56 - ATUALIZADO EM 28/10/2021, 13h56
Duração de áudio: 01:26
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
COM A ENTREGA DO RELATÓRIO FINAL DA CPI DA PANDEMIA, A PROCURADORIA-GERAL DO DISTRITO FEDERAL DEVERÁ APROFUNDAR INVESTIGAÇÕES SOBRE OS CASOS DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO A TENTATIVA DE VENDAS DAS VACINAS. O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO VAI APROFUNDAR DENÚNCIAS RELACIONADAS AOS HOSPITAIS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO E À EMPRESA VTCLOG, PRESTADORA DE SERVIÇOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Diante do fatiamento do relatório final da CPI da Pandemia, mais de 50 pessoas poderão ser investigadas pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal. Entre elas, os ex-ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; ex-diretores do Ministério da Saúde; pessoas que intermediaram a venda vacinas; empresários a exemplo do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano; integrantes do gabinete paralelo como o empresário Luciano Hang; os sócios da Prevent Senior, blogueiros e o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo. Segundo o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, a PRG do Distrito Federal poderá aprofundar, sobretudo, as investigações relacionadas às denúncias de corrupção e da disseminação de fake News com destaque para a propagação de medicamentos sem eficácia e de conteúdo contrário às medidas de restrição e uso de máscaras. Ele reforçou a estratégia da CPI de fatiar o relatório e assim garantir a continuidade das apurações da maioria dos indiciados que não tem foro privilegiado. Cabe ao Ministério Público Federal do Distrito Federal a apuração de todos os casos que envolvem pessoas que não têm prerrogativa de foro. É o caso, por exemplo, do ex-ministro general Pazuello, que já é réu por improbidade em uma denúncia apresentada pelo MPF aqui do Distrito Federal e que também é objeto de uma apuração que pode resultar agora com reforço dos dados da CPI em uma acusação criminal também considerando tudo aquilo que foi provado. Essa é a diferença entre aqueles que vão ser processados pela PGR porque têm prerrogativa de foro e aqueles que trabalham na esfera da primeira instância. Os senadores também entregaram o relatório para a presidente do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes. Segundo Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, o TCU vai investigar os repasses do governo federal na pandemia. A parte que compartilhamos aqui com o Tribunal de Contas e que pediremos aprofundamento de investigações é em primeiro lugar em relação à operadora VTC Log, em segundo lugar ao contrato com a Precisa e as ausências de atas de reunião entre agentes do Ministério da Saúde e a Precisa. No caso dos hospitais federais do Rio de Janeiro, o tempo não permitiu que a CPI avançasse, mas a CPI está compartilhando provas com o Tribunal de Contas da União sobre o envolvimento de algumas pessoas físicas e algumas pessoas jurídicas. Os senadores da CPI também pediram ao Tribunal de Contas da União que investigue se houve “indevida influência política” na votação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS – Conitec – sobre a não recomendação do kit covid no tratamento da covid-19. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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