Senado lança segundo Plano de Equidade de Gênero e Raça — Rádio Senado

Senado lança segundo Plano de Equidade de Gênero e Raça

O Senado lançou nesta sexta-feira (22) o Segundo Plano de Equidade de Gênero e Raça (PEGR) para o período de 2021-2023. O programa foi apresentado em evento virtual com a presença da procuradora da Mulher no Senado, senadora Leila Barros (Cidadania-DF), da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e da representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia DivinsKaya, bem como de jornalistas.

22/10/2021, 16h22 - ATUALIZADO EM 22/10/2021, 16h22
Duração de áudio: 03:25
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Transcrição
O SENADO LANÇOU NESTA SEXTA-FEIRA O SEGUNDO PLANO DE EQUIDADE DE GÊNERO E RAÇA PARA 2021 A 2023. A INICIATIVA FOI APRESENTADA PELA DIRETORA-GERAL DO SENADO EM EVENTO VIRTUAL QUE CONTOU COM A PRESENÇA DA ONU MULHERES E DE JORNALISTAS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. Primeiro órgão público a instituir, em 2019, um Plano de Equidade de Gênero e Raça, o Senado lança a segunda edição, que será implementada até 2023. O programa está alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Agenda 2030 Organização das Nações Unidas. No total, são 26 metas, distribuídas em cinco temas: Comunicação, Educação, Cultura Organizacional, Gestão e Saúde. Cursos, debates, eventos e campanhas conscientizam para haver ambientes com mais equidade e livres de preconceitos. Ao apresentar o plano, a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, destacou que, apesar da  pandemia de covid-19, a primeira versão cumpriu 86% das metas. E lamentou que a Casa seja a única instituição com um plano de equidade. Nos entristecemos por não termos outras entidades que estão ombreando com o Senado Federal as ações organizadas, com metas quantificáveis e verificadas em termos de gênero e raça. Hoje temos um entendimento que equidade não é uma questão das mulheres ou uma questão de negros e negras. Equidade é uma questão de toda a sociedade. E toda ela melhora com a diversidade, com a pluralidade.   Ao citar que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia DivinsKaya, disse que a diversidade e engajamento são fundamentais para a democracia. E elogiou a iniciativa do Senado. Nós parabenizamos o Senado pela realização bem sucedida do primeiro plano. 86% das metas atingidas é um resultado muito impressionante. Sentimo-nos privilegiadas por já termos tido anteriormente uma parceria com o Senado e estamos prontas a dar continuidade a essa parceria e a colaborar na implementação do plano. Para a Procuradora da Mulher no Senado, senadora Leila Barros, do Cidadania do Distrito Federal, o Brasil precisa saldar uma dívida histórica de discriminação. Falar de equidade de gênero e raça implica falar em saldar uma dívida histórica. Quanto será que nós teríamos desenvolvido enquanto Nação se há 200 anos já valorizássemos aquilo que sabemos ser imprescindível hoje: a participação de todas e de todos. Eu me somo àqueles que se empenham em transformar uma situação que se mantém inalterada há quase 200 anos. A gente tem que mudar esse quadro. E sonho com essa questão da equidade, da inclusão e, acima de tudo, da igualdade. A implantação do Plano de Equidade de Gênero e Raça envolve mais de 20 setores do Senado. Entre as medidas previstas, está a apresentação às Assembleias Legislativas do Programa de Assistência a Mulheres em Situação de Vulnerabilidade Econômica em decorrência da Violência Doméstica e Familiar. A meta é levar o programa, ao menos, a 14 estados. O Plano também inclui, entre outros, a adoção de protocolos em casos de violência doméstica, a instituição do Programa Pai Presente, combate à gordofobia e ações de respeito à diversidade. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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