Economia colaborativa é ferramenta de inclusão
A “Comissão Senado do Futuro” (CSF) debateu “As novas modalidades da economia colaborativa como instrumentos de inclusão produtiva”. Convidados para a audiência avaliaram que, a também chama economia criativa, por meios das plataformas tecnológicas é uma forma eficiente de inclusão de pequenos negócios no mercado, gerando emprego e renda. Além disso, o compartilhamento de espaços, bens e serviços causa impactos positivos ao meio-ambiente.
Transcrição
COMISSÃO SENADO DO FUTURO DEBATEU AS NOVAS MODALIDADES DA ECONOMIA COLABORATIVA COMO INSTRUMENTOS DE INCLUSÃO PRODUTIVA
TAMBÉM CONHECIDA COMO ECONOMIA CRIATIVA, A ATIVIDADE REPRESENTA UM NOVO MODELO DE NEGÓCIO, MAIS SUSTENTÁVEL, COM BASE NO COMPARTILHAMENTO DE PRODUTOS, LOCAIS E SERVIÇOS. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO
Plataformas online e aplicativos possibilitaram o surgimento de novos modelos de negócios focados na sustentabilidade do meio-ambiente e na inclusão de produtores e prestadores de serviço que não possuem visibilidade no modelo econômico tradicional. A ideia da economia colaborativa é substituir o "ter" pelo "compartilhar". O presidente da Comissão Senado do Futuro, Izalci Lucas do PSDB do Distrito Federal, acredita que a economia colaborativa é uma ferramenta para dar oportunidade aos excluídos.
Existe hoje um grande número de desempregados, pessoas com dificuldades e que a grande maioria, quase a unanimidade, o que eles querem é dignidade, querem emprego, querem oportunidade. Ninguém quer viver a vida toda de cesta básica, nem de programa social. As pessoas precisam de oportunidade. Acho que, nós estamos trazendo aqui hoje, uma bela ferramenta, um belo instrumento para que a gente possa dar oportunidade principalmente para os excluídos. Nós temos aí um grande número de mulheres, negros e jovens totalmente excluídos.
Para o Analista Técnico da Unidade de Competitividade do Sebrae Nacional, Ivan Lemos Tonet, a economia colaborativa deixa os produtos mais baratos para o consumidor e aumenta a visibilidade dos pequenos negócios.
População que não tinha acesso, permita-se acessar algumas iniciativas que havia mais dificuldade por conta de custo. E a visibilidade dos pequenos, que podem ganhar força nesse modelo, se associando, trabalhando colaborativamente, o que, no outro modelo, de um trabalho individualizado, seria mais difícil. Então, ganham corpo, ganham força, ganham energia e ganham, portanto, visibilidade dentro de plataformas: colaboração que as plataformas têm, nesse momento, de ampliar a visibilidade desses pequenos negócios.
Outra inovação da Economia Colaborativa é a permuta multilateral que não envolve mais a troca de produtos ou serviços apenas entre duas pessoas ou empresas, como explica o Sócio-Fundador da empresa XporY.com, Rafael Barbosa.
Então, a permuta multilateral ela quebra o paradigma do interesse mútuo, que é necessário na permuta bilateral. Com isso, ela amplia muito as possibilidades. Então, a permuta multilateral, quando a gente entra junto com o Sebrae na empresa, a gente consegue mensurar o que tem de capacidade ociosa, oferece isso dentro da XporY , que é um marketing place, onde ele tem novos clientes e recebe um crédito interno da platorma colaborativa e esse crédito ele consegue comprar produtos e serviços.
Empréstimos de roupas; espaços de Coworking, divididos entre diferentes negócios; ateliês compartilhados; serviços de hospedagem como os da Airbnb e os de deslocamento como os da Uber são exemplos da economia colaborativa. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro