Queiroga admite problema com remédios e vacinas vencidas, mas vê momento melhor em relação à pandemia — Rádio Senado
Pandemia

Queiroga admite problema com remédios e vacinas vencidas, mas vê momento melhor em relação à pandemia

A comissão que acompanha as ações de enfrentamento à covid-19 ouviu nesta quarta-feira (8) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Segundo ele, o Brasil vive momento mais favorável no que diz respeito ao controle da pandemia. A senadora Zenaide Maia (PROS-RN) questionou sobre os R$240 milhões em medicamentos e vacinas vencidas. Segundo Queiroga, os insumos foram adquiridos por governos anteriores em maior quantidade.

08/09/2021, 19h20 - ATUALIZADO EM 08/09/2021, 21h42
Duração de áudio: 02:17
Geovana Albuquerque / Agência Saúde

Transcrição
O BRASIL VIVE UMA SITUAÇÃO DE CONFORTO EPIDEMIOLÓGICO, AFIRMOU O  MINISTRO DA SAÚDE À COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA COVID-19. MARCELO QUEIROGA CONFIRMOU À SENADORA ZENAIDE MAIA QUE MEDICAMENTOS E VACINAS VENCIDAS SÃO UM PROBLEMA, MAS QUE FORAM ADQUIRIDOS POR GOVERNOS ANTERIORES. A  REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA: O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, informou à comissão que acompanha as ações de enfrentamento à covid-19 que o número de casos e de óbitos por consequência da doença tiveram uma queda de 60% nos últimos dois meses. Para Queiroga, os números demonstram o que chamou de “ambiente epidemiológico mais favorável”, apesar do avanço da variante delta, que já representa 73% das amostras no País. Durante a reunião, a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, criticou a recomendação da pasta de vetar a quebra de patentes para vacinas, aprovada pelo Senado. Zenaide também indagou sobre a denúncia de medicamentos, testes, e vacinas vencidas, que somam 240 milhões de reais. A gente sabe que o SUS não é só o combate ao vírus, a essa pandemia. Vacina Hepatite B, outros medicamentos. Ministro por que os produtos perderam a validade e qual tamanho e valor do estoque que conseguiu repor nas negociações com os fabricantes? Queiroga argumentou que nem todos os insumos foram adquiridos pelo atual Governo e que as compras são feitas, muitas vezes, em larga escala. Realmente, isso é um problema. Esses insumos não é que o ministério deixa vencer por negligência. É porque se compra em quantidade – há insumos aí que foram adquiridos dois governos anteriores ao governo do presidente Bolsonaro e eles não foram distribuídos.   Questionado pelo senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, se as vacinas da Coronavac vão poder ser utilizadas em crianças, Queiroga rebateu dizendo que não há evidências de segurança sequer para o uso em adultos. E informou que as doses de reforço para maiores de 70 anos serão feitas exclusivamente com o imunizante da Pfizer, já que os 200 milhões de doses compradas até o fim do ano são suficientes para garantir a terceira dose ao grupo prioritário. Sobre o incidente com jogadores argentinos, Queiroga classificou como "questão meramente administrativa", já que eles não cumpriram as exigências necessárias para conseguir uma autorização excpecional para entrada no Brasil, após visita ao Reino Unido. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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