Rejeitada MP que mudaria diversos pontos da legislação trabalhista — Rádio Senado
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Rejeitada MP que mudaria diversos pontos da legislação trabalhista

O Plenário rejeitou o projeto de lei de conversão (PLV 17/2021) com origem na MPV 1045/2021 que criava o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. As alterações ao texto original feitas pela Câmara com mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foram recusadas pelos senadores que as classificaram como uma "Reforma Trabalhista" capaz de precarizar as relações de emprego.

01/09/2021, 21h28 - ATUALIZADO EM 01/09/2021, 21h28
Duração de áudio: 02:43
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
O PLENÁRIO REJEITOU O PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO COM ORIGEM NA MEDIDA PROVISÓRIA QUE PRETENDIA CRIAR O NOVO PROGRAMA EMERGENCIAL DE MANUTENÇÃO DO EMPREGO E DA RENDA A CÂMARA HAVIA INSERIDO UMA SÉRIE DE MUDANÇAS NA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO QUE FORAM CONTESTADAS PELOS SENADORES. REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO  O texto original da MP criava o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Porém, a Câmara alterou a proposta  e acrescentou programas de primeiro emprego e de qualificação profissional como o Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego, o Priore; o Regime Especial de Trabalho Incentivado, Qualificação e Inclusão Produtiva, o Requip; e o Programa Nacional de Prestação de Serviço Social Voluntário. Os deputados também inseriram uma série de alterações na CLT, classificadas por alguns senadores, entre eles Otto Alencar, do PSD da Bahia; Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná; Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, Paulo Paim, do PT gaúcho, e Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte,  como uma reforma Trabalhista, que poderia precarizar as relações de trabalho. Em seu relatório, o senador Confúcio Moura do MDB de Rondônia retirou as modificações feitas na CLT por entender que não tinham relação com o objeto da Medida Provisória. No entanto, se aprovado com a retirada dos dispositivos, o projeto retornaria à Câmara e os senadores, como o líder do PT, senador Paulo Rocha, do Pará, indagaram se a mudança feita pelo Senado seria mantida pelos deputados: para que não voltem mais para a Câmara, porque, com certeza, vai voltar a tentação de voltar todas essas matérias de novo na medida provisória. " Mas eu sei também que o Presidente da Câmara e as Lideranças lá não aceitam a impugnação porque seria uma desmoralização para a Câmara O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, garantiu que havia acordo para que as mudanças feitas pelo Senado fossem mantidas:  Nós fizemos, sim, um acordo, com a participação do Presidente Rodrigo Pacheco, com a anuência do Presidente Arthur Lira e do Senador Confúcio Moura, retirando todos os dispositivos que alteram a CLT. Eles serão tratados através de projeto de lei.  se essa matéria, se o relatório do Senador Confúcio não for respeitado pela Câmara dos Deputados, eu me retiro da Liderança do Governo Apesar desse compromisso do líder do governo, a matéria foi rejeitada com o voto “não” de 47 senadores e enviada ao arquivo. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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