Jornalistas da Rádio Senado lembram momentos marcantes das Olimpíadas — Rádio Senado
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Jornalistas da Rádio Senado lembram momentos marcantes das Olimpíadas

Os Jogos Olímpicos geram momentos que ficam gravados na memória de pessoas de todo o mundo. Segundos de superação, uma vitória marcante ou até uma memória afetiva, várias são as passagens olímpicas que sempre voltam à nossa cabeça. Jornalistas da Rádio Senado contam pra você alguns desses momentos.

22/07/2021, 15h31 - ATUALIZADO EM 22/07/2021, 15h31
Duração de áudio: 07:33
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Transcrição
QUAL A SUA MEMÓRIA OLÍMPICA? JORNALISTAS DA RÁDIO SENADO LEMBRAM MOMENTOS MARCANTES DOS JOGOS INTERNACIONAIS.  REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Rodrigo) Esse som que você está ouvindo foi gravado em agosto de 2008. Eu e meus primos assistindo à final dos 50 metros livres da natação das Olimpíadas de Pequim. O resultado foi dourado para o Brasil com a vitória de César Cielo. (Rodrigo) Pois é, todo mundo que acompanha os jogos tem a sua memória olímpica. A jornalista Fernanda Nardelli também se reunia com os parentes para ver os jogos, isso na casa da avó. E ela lembra de uma conquista marcante do Brasil em 1984. (Fernanda) E foi muito especial pra mim também a vitória do Joaquim Cruz porque ele é de Brasília, ele é brasiliense, foi muito importante assim ver uma pessoa daqui da cidade que eu nasci batendo um recorde olímpico. Eu lembro que ele se destacou, ganhou a medalha de ouro ainda bateu o recorde. (Rodrigo) Quem também destaca os feitos de um “conterrâneo” é a jornalista Ana Beatriz Santos. O bronze, que poderia ser ouro, de João do Pulo em Moscou 1980. João e Ana são do interior de São Paulo e ela se lembra de ver o ídolo diversas vezes no “quintal de casa”: (Ana) Ele tinha a melhor marca e os árbitros ignoraram o salto principal dele e assim ele ficou com a medalha de bronze. Em diversas entrevistas, vários artigos que falam da vida, do desempenho dele como atleta, mencionam o quanto ele chorou copiosamente quando foi anunciado o resultado. (Rodrigo) Também de Moscou 80 vem uma das memórias do jornalista Bruno Lourenço. (Bruno) A minha primeira lembrança de Olimpíadas foi a de mil novecentos e oitenta, na então União Soviética, e que pra mim marcou muito o boicote, que eu não entendia direito o que era aquilo, eu tinha oito anos e também o ursinho mascote, o Misha, chorando ali, acho que foi no encerramento havia um mural, quer dizer no estádio cada torcedor levava lá o mural, eles fizeram um urso chorando, aquilo ali foi marcante pra mim, uma coisa linda. Realmente eu fiquei impressionado com essa questão de abertura, de encerramento de Olimpíadas. (Rodrigo) Bruno ainda destaca a maratona de Los Angeles 1984, uma das imagens mais emblemáticas da história dos Jogos Olímpicos. Essa maratona, por sinal, também é memória marcante para a jornalista Samara Sadeck. (Samara) Pra falar bem a verdade eu era uma dessas crianças, adolescente que sonhava em ser atleta olímpica, mas acabei em não seguir nenhuma carreira. Então, eu sempre acompanhei, sim, alguma coisa. Pra mim, a imagem que é a mais linda realmente é daquela Olimpíada de Los Angeles, em 1984, quando aquela Suíça, Gabriela Andersen estava na maratona, era a primeira vez que aconteceu uma maratona feminina numa Olimpíada e ela a partir do quilômetro vinte e um começou a sentir ... Começou a sofrer e como era uma maratona, então ela ficou os próximos vinte e um quilômetros sofrendo e a imagem que é marcante, não é? Acho que todo mundo lembra dessa imagem: ela chegando ali praticamente na reta final completamente torta, cambaleando. (Rodrigo) Mas se há quem se recorde de momentos de superação, também há quem lembre de momentos “chocantes” dos jogos. É o que conta o jornalista Adriano Faria. Ele nos traz a final dos 100 metros rasos no atletismo de Seul 88. (Adriano) Menos de dez segundos depois do tiro de largada o canadense Ben Johnson cruzou a linha de chegada com o tempo extraordinário, um tempo fantástico que todo mundo ficou surpreso, nove segundos e setenta e nove milésimos, só que menos de quarenta e oito horas depois aquela marca fantástica se transformou no maior escândalo de doping da história das Olimpíadas, e aí Ben Johnson teve a sua medalha cassada, sua medalha de ouro e a medalha de ouro foi entregue pro americano Carl Lewis. (Rodrigo) E voltamos às conquistas brasileiras. Em 1992, pela primeira vez um esporte coletivo ganhou a medalha de ouro para o Brasil. E a final do vôlei masculino em Barcelona é a memória olímpica do jornalista Pedro Pincer. (Pedro) O Marcelo Negrão vai pro saque, acerta um chamado viagem ao fundo do mar, o Brasil conquista o título até de certa maneira surpreendentemente e uma narração histórica do Luciano do Valle em que ele diz, "somos ouro, campeão olímpico Brasil", e aquilo ficou marcado na memória de um menino de onze anos. (Rodrigo) O jornalista Celso Cavalcanti também ressalta uma conquista brasileira nos jogos, o ouro do futebol em 2016. Mas para Celso, os jogos no Brasil também foram especiais por outro motivo. (Celso) Primeiro porque eu estava a serviço trabalhando na comunicação dos jogos então foi um período de muito trabalho e muito desafio também e a medalha que a gente buscava era que desse tudo certo naquele momento em que os olhos do mundo estavam voltados para o Brasil. Então acompanhar aquele bastidor da Olimpíada junto dos atletas, das delegações, foi sem dúvida inesquecível e claro que deu tempo de acompanhar algumas competições memoráveis também, entre elas, uma das cinco medalhas de ouro que o Michael Phelps ganhou no Parque Olímpico da Barra, né? E ainda o ouro inédito do futebol masculino do Brasil contra a Alemanha em pleno Maracanã com aquele clima de revanche dos sete a um que a gente tinha levado dois anos antes, na Copa de 2014. (Rodrigo) O jornalista Tiago Medeiros também estava no Maracanã em 2016 quando o Brasil conquistou o primeiro ouro no futebol masculino. (Tiago) Mas pra mim o momento mais marcante que eu tive em experiência de Olimpíada na arquibancada foi ver o ouro do futebol masculino, jogo contra a Alemanha, decisão dos pênaltis, Maracanã lotado, foi uma grande festa do Brasil ali, o ouro inédito, não é? E foi sem dúvida pra mim o momento mais marcante que eu vou guardar pra sempre na memória aí como torcedor de Olimpíada, que é o melhor evento esportivo do mundo. (Rodrigo) Eu também estive presente no Rio de Janeiro nos Jogos Olímpicos de 2016 e dentre tantas lembranças uma não pode ficar de fora. O ouro no boxe do brasileiro Robson Conceição. Eu estava lá quando o Rio Centro explodiu no anúncio da medalha. (Rodrigo) E você, qual a sua memória olímpica? Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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