Servidor do Ministério da Saúde aponta presença fora do Brasil para intermediar compra da Covaxin — Rádio Senado
Depoimento

Servidor do Ministério da Saúde aponta presença fora do Brasil para intermediar compra da Covaxin

O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou que foram encaminhados 3 invoices, ou notas fiscais internacionais, ao Ministério pelas empresas responsáveis pela negociação da vacina Covaxin. Segundo ele, a primeira nota trazia quantidades diferentes da prevista no contrato, informação corrigida nas outras notas. Mas uma informação permaneceu: a inclusão nas notas de uma empresa off-shore de Cingapura que também não estava no contrato.

25/06/2021, 17h28 - ATUALIZADO EM 25/06/2021, 20h42
Duração de áudio: 02:19
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: SERVIDOR DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DISSE QUE EMPRESA NO EXTERIOR SERIA USADA PARA RECEBER VALORES DE COMPRA DA VACINA INDIANA. INFORMAÇÃO NÃO CONSTAVA NO CONTRATO INICIAL. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. TÉC: O servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou durante a sua apresentação que foram encaminhados 3 invoices, ou notas fiscais, ao Ministério da Saúde pelas empresas responsáveis na negociação da vacina Covaxin. Segundo ele, a primeira nota trazia quantidades diferentes da prevista no contrato, informação corrigida nas outras notas. Mas uma informação permaneceu, a inclusão nas notas de uma empresa off-shore de Cingapura, Madison Biotech, que intermediaria a compra e não estava presente no contrato inicial. Essa informação criou um embate entre integrantes da CPI: (Rogério) Eu queria tirar uma dúvida, senhor relator e senhor presidente. É uma dúvida formal. Não há nenhum óbice de uma terceira empresa ser responsável como no caso dessa empresa. A questão que me parece que é um problema constar no contrato. É essa que é a questão central. Não consta no contrato da precisa com o Ministério da Saúde uma terceira empresa que receberá o pagamento? (Luis Ricardo) Como área de execução, nosso norte, nosso baseamento é o contrato. E tudo que foge do contrato. Bem legal. É. É apresentado pra o fiscal para aprovar. (Renan) É irregularidade. E neste caso ao transferir pra receber ao invés da empresa local no Brasil é um campo óbvio o movimento que dificulta o controle e a fiscalização, discorda? É isso? (Fernando Bezerra) Faça pergunta e não faça ilações. É normal seu relator. Só um minutinho. Muitas empresas trabalham, trabalham com as terceiras, né, a Pfizer, a Astrazeneca. Não dá. Não dá. Pra poder construir essa narrativa. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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