Política de reajuste dos planos de saúde é criticada em audiência pública — Rádio Senado
Saúde

Política de reajuste dos planos de saúde é criticada em audiência pública

Os reajustes, as modalidades contratuais e outros aspectos referentes aos planos de saúde foram discutidos nesta segunda-feira (21) na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. A reunião foi requerida pelo presidente da comissão, o senador Reguffe (Podemos-DF). De acordo com ele, as operadoras se negam a vender planos de saúde individuais, obrigando os consumidores a adquirir planos coletivos.

21/06/2021, 20h23 - ATUALIZADO EM 21/06/2021, 20h28
Duração de áudio: 02:32
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: POLÍTICA DE REAJUSTE DOS PLANOS DE SAÚDE É CRITICADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA LOC: MODALIDADES DOS CONTRATOS TAMBÉM FORAM DISCUTIDAS DURANTE O DEBATE. A REPORTAGEM É DE PEDRO PINCER TÉC: Os reajustes, as modalidades contratuais e outros aspectos referentes aos planos de saúde foram discutidos nesta segunda-feira na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor. A reunião foi requerida pelo presidente do colegiado, o senador Reguffe, do Podemos do Distrito Federal. De acordo com ele, as operadoras no Brasil se negam a vender planos de saúde individuais, obrigando os consumidores a adquirir planos coletivos. Reguffe informa que, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor conta com mais de 47 milhões de beneficiários de planos ou seguros de saúde, sendo 23% deles contratos individuais e 77%, planos de saúde coletivos. A situação preocupa o senador. (Reguffe) Então, é importante que a Agência Nacional de Saúde Suplementar faça uma reflexão sobre essa questão, já que hoje é muito difícil conseguir ver planos de saúde individuais no mercado, e o consumidor – coitado! – muitas vezes, às vezes até por desinformação, é obrigado a consumir planos coletivos em que não tem uma garantia de que aquele plano vai ficar com ele quando ele tiver uma doença grave. (REP): O diretor-presidente da Associação Brasileira de Auditores em Saúde, Alexander Saliba, fez críticas à política de reajuste dos planos e disse que o mercado está cada vez mais restrito (Alexander Saliba) Ou seja, quando a ANS foi criada, nós tínhamos mais de quatro mil seguros de saúde. Hoje nós temos 717, e cada vez concentrando mais. Essa concentração vai levar, com certeza, a um número cada vez maior de beneficiários presos a um número menor de administradoras de planos de saúde, o que é uma formação de oligopólio no setor bastante ruim para o consumidor. REP A representante da ANS, Daniele Rodrigues, explicou alguns critérios adotados pela agência. (Daniele Rodrigues) Bem, o reajuste anual por variação de custos é o aumento – eu já expliquei – aplicado em razão da variação dos custos médico-hospitalares. Ele só pode ocorrer uma vez a cada 12 meses e no aniversário do contrato. Visa garantir a sustentabilidade do plano e tem regras específicas em função da data e do tipo de contratação do plano.É possível que o beneficiário tenha, em determinado ano, tanto a variação por mudança de faixa etária quanto o reajuste anual com variação de custos. Se for um ano em que ele esteja mudando de faixa etária, ele terá os dois tipos de reajuste. REP A próxima audiência do colegiado vai abordar o mercado de combustíveis. Da Rádio Senado, Pedro Pincer

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