Copa América no Brasil divide opiniões no Senado — Rádio Senado
Pandemia

Copa América no Brasil divide opiniões no Senado

A Copa América no Brasil divide opiniões entre os senadores. Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) veem risco sanitário enquanto Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (Democratas-RO) e Jorginho Melo (PL-SC) citam outras competições em andamento. 

09/06/2021, 19h58 - ATUALIZADO EM 10/06/2021, 19h12
Duração de áudio: 03:21
Lucas Figueiredo / CBF

Transcrição
LOC: A REALIZAÇÃO DA COPA AMÉRICA NO BRASIL DIVIDE OS SENADORES. UNS VEEM RISCO SANITÁRIO ENQUANTO OUTROS CITAM OUTRAS COMPETIÇÕES EM ANDAMENTO. LOC: E O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ANALISA PEDIDO, AMANHÃ, DE SUSPENSÃO DA COMPETIÇÃO NO PAÍS. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO: TÉC: A realização da Copa América no Brasil foi um dos destaques do segundo depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na CPI da Pandemia. Marcelo disse não ver problemas. (Marcelo Queiroga): Não é uma Olimpíada. Então, os protocolos que foram apresentados ao Ministério da Saúde são protocolos seguros, que permitem dizer que, se aquele protocolo for cumprido, não teremos riscos adicionais para os jogadores que participam dessa competição. (Repórter): Mas senadores como Humberto Costa, do PT de Pernambuco, Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, e Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, discordaram. (Humberto): Um equívoco, do meu ponto de vista, de a gente correr um risco sanitário desnecessário, que está sendo proposto que o País viva. Além do mais, vem gente de fora, que pode trazer novas cepas. (Eliziane): O senhor, na verdade, normaliza, por exemplo, a realização desse campeonato no Brasil, quando nós tivemos aqui do lado, por exemplo, a Argentina, a Colômbia, que não aceitaram, quando nós não tivemos, por exemplo, no ano passado, a sua realização, quando os índices de contaminação, no prazo de 24 horas, eram cerca de metade do que nós estamos realmente vivenciando hoje. (Tasso): Não tem nenhum sentido, Ministro, se fazer uma Copa América que outros países negaram. Por quê? Por que a Copa América no Brasil? Para o povo que está cansado com a pandemia se divertir um pouco com futebol? Isso não é verdade. Não tem público. Ele vai assistir pela televisão. (Repórter): Já os senadores Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, e Jorginho Melo, do PL de Santa Catarina, disseram que a comissão parlamentar de inquérito está sendo usada para desgastar o presidente Jair Bolsonaro. (Girão): O senhor está vindo porque, na semana passada, foi anunciada a Copa América no Brasil, que o Brasil iria sediar a Copa América. Aí se antecipou a vinda sua, que poderia ser lá na frente, antes dos Governadores – e se atrasou ao máximo para a gente ouvi-los –, antes dos Prefeitos, todos visitados pela Polícia Federal. (Marcos): Será que o problema da Copa América é mesmo cuidado com a proliferação do vírus? Senhores, é essa a preocupação que circunda esta CPI? Além da clara inquietação política envolvida nessa definição, por causa da participação do Presidente da República na decisão, não estaríamos usando a CPI como uma peça do tabuleiro de um jogo comercial e de poder? (Jorginho): A Copa América... A única diferença entre os campeonatos aí é porque a Rede Globo não vai transmitir essa – essa é a diferença! Essa é a grande diferença! (Repórter): O Supremo Tribunal Federal marcou para esta quinta-feira a análise de dois pedidos de suspensão da Copa América no Brasil. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos pede liminar contra o torneio pelo risco de aumento de casos de contaminação e de mortes pela Covid-19. E o Partido Socialista Brasileiro argumenta que a competição viola os direitos fundamentais à vida e à saúde, bem como da eficiência da Administração Pública. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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