Diretor do Butantan diz que governo foi mais ágil na compra da Astrazeneca — Rádio Senado
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Diretor do Butantan diz que governo foi mais ágil na compra da Astrazeneca

Ao responder o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, nesta quinta-feira (27), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lamentou a demora na compra da Coronavac e lembrou que, no caso da vacina da Astrazeneca, houve mais agilidade e até adiantamento de recursos. Renan Calheiros lembrou que a Pfizer também fez uma oferta de 70 milhões de doses ao Brasil em agosto do ano passado, no mesmo dia em que o Butantan ofereceu 60 milhões de doses. O senador concluiu que o país pode ter deixado de adquirir, em um único dia, 130 milhões de doses de vacina.

27/05/2021, 11h17 - ATUALIZADO EM 27/05/2021, 11h17
Duração de áudio: 02:23
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: AO RESPONDER O RELATOR DA CPI DA PANDEMIA, RENAN CALHEIROS, O DIRETOR DO INSTITUTO BUTANTAN, DIMAS COVAS, LAMENTOU A DEMORA NA COMPRA DA CORONAVAC E LEMBROU QUE NO CASO DA VACINA DA ASTRAZENECA HOUVE MAIS AGILIDADE. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) Ao responder ao relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lamentou a demora na compra da Coronavac e lembrou que no caso da vacina da Astrazeneca houve mais agilidade: (Dimas Covas) O contrato com a outra vacina da Astrazeneca foi feito em agosto. E com inclusive com adiantamento de recursos. Essa apesar de estar no solo brasileiro estar sendo produzida, só foi contratada em janeiro, não é? Com seis meses aí da primeira oferta. (Renan Calheiros) Então, tentando calcular, quanto tempo transcorreu entre a assinatura do referido protocolo de intenções de compra e o próximo passo para a efetiva aquisição do imunizante? (Dimas Covas) O protocolo foi do dia dezenove de outubro e o contrato do dia sete de janeiro, quando o Ministério efetivamente procedeu a compra das doses da Coronavac. Os quarenta e seis milhões no sete, através desse contrato e o cinquenta e quatro milhões adicionais, no dia quinze de fevereiro. (Repórter) Renan lembrou que a Pfizer também, por coincidência, fez uma oferta de vacinas no mesmo dia do Butantan: (Renan Calheiros) Em dezoito do oito de 2020 o Instituto Butantã apresentou sua segunda oferta de sessenta milhões de doses. No mesmo dia, como declarou o senhor Carlos Murilo, que é o representante da Pfizer, presidente para América Latina a esta comissão parlamentar de inquérito, a Pfizer também fez a segunda oferta de setenta milhões de idosos, ou seja, em um só dia o governo brasileiro perdeu a oportunidade de comprar cento e trinta milhões de doses de vacina seriam suficientes para dar pelo menos a primeira dose para mais da metade dos brasileiros. A média móvel de mortes estava perto de mil mortes por dia. E já, vejo aqui, contávamos com mais de cento e dez mil mortes naquele, naquele dia. (Repórter) Dimas Covas afirmou que campanhas contra a Coronavac atingiram a imagem do Instituto Butantan.

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