Orçamento da Ciência e Tecnologia não é suficiente para manter a pasta, diz ministro Pontes à CT-Covid — Rádio Senado
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Orçamento da Ciência e Tecnologia não é suficiente para manter a pasta, diz ministro Pontes à CT-Covid

A comissão que acompanha as ações de combate ao coronavírus ouviu nesta segunda-feira o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Ele defendeu produção de insumos farmacêuticos pelo setor privado e disse que o orçamento da pasta é insuficiente para manter a estrutura do ministério. Para Zenaide Maia (PROS-RN), apesar da autonomia tecnológica ser importante, o Brasil deve comprar o IFA estrangeiro. Já Wellington Fagundes (PL-MT) acredita que as vacinas devem ser produzidas em território nacional, mesmo que em um primeiro momento Brasil siga importando esse insumo. 

24/05/2021, 16h08 - ATUALIZADO EM 24/05/2021, 16h08
Duração de áudio: 02:36
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: FALTAM RECURSOS PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. A DECLARAÇÃO É DO DIZ MINISTRO MARCOS PONTES À COMISSÃO DA COVID. LOC: PARA SENADORES, A PRODUÇÃO NACIONAL DO INSUMO FARMACÊUTICO É IMPORTANTE, MAS PAÍS NÃO DEVE DESCARTAR OUTRA OPÇÕES DE VACINA. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: A comissão que acompanha as ações de combate à pandemia ouviu nesta segunda-feira o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Ele informou que o orçamento deste ano está abaixo do necessário para manter a estrutura da pasta em funcionamento. O ministério recebeu 2 bilhões e 600 milhões de reais, dos quais 1 bilhão foram usados para o pagamento de bolsas do CNPQ. Marcos Pontes defendeu que o setor privado lidere a produção do insumo farmacêutico em território nacional para aumentar a geração de empregos. (Pontes) Aí é onde o Brasil precisa se desenvolver também, é produção desse insumo no País, com tecnologia nacional, nas empresas do Brasil, setor privado, não setor público para produção de insumo, porque, com isso, nós também desenvolvemos empregos no País, empresas no País, nota fiscal no País. (REP) Para o relator da comissão, senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, a produção de vacinas no Brasil deve ser prioridade, mesmo com o uso do IFA estrangeiro. Ele pediu o apoio do ministro na utilização de fábricas de imunizantes animais. (Fagundes) Não temos outro caminho que não seja produzir vacina mesmo sendo imediatamente com transferência de tecnologia, mas também investir maciçamente na pesquisa porque temos condições de ter vacina produzida 100% com a nossa tecnologia. Então eu gostaria que essa firmeza fosse mostrada pelo ministro porque realmente é o caminho que o Brasil preciso nós parlamentares temos que arrumar orçamento pra isso. (REP) Para a senadora Zenaide Maia, do PROS do Rio Grande do Norte, a autossuficiência tecnológica é importante, mas o avanço da pandemia não permite ao Brasil interromper as colaborações internacionais. (Zenaide) Quanto o governo está gastando nessa tecnologia pra gente ter vacina 100% brasileira? Embora eu acredite que nesse momento a gente não possa ter esse orgulho todo, tem que vir o IFA de onde vier, porque a gente precisa muito de vacina. Mas também muito importante que a gente não dependa dos outros países do mundo, hoje tem IFA, amanhã não tem IFA. (REP) Segundo Pontes, quatro vacinas nacionais estão em fase avançada. Cada uma, tem um custo aproximado de 400 milhões de reais, entre desenvolvimento da tecnologia e realização de estudos clínicos. O ministro pediu agilidade na aprovação de um PLN que libera 415 milhões de reais para a realização de testes, nas fases 1 a 3, de vacinas brasileiras. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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