Pazuello afirma que não houve cancelamento de compra da Coronavac — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Pazuello afirma que não houve cancelamento de compra da Coronavac

O relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), questionou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta quarta-feira (19) sobre o cancelamento de uma carta de intenções de compra de vacinas Coronavac, produzidas pelo Instituto Butantan. Pazuello afirmou que não houve quebra de contrato e que as negociações continuaram. Ele ressaltou que, apesar de ter aparecido em um vídeo dizendo que “um manda e outro obedece” – em referência à sua relação com Jair Bolsonaro –, o presidente da República não pediu que qualquer contrato com o Butantan fosse desfeito.

19/05/2021, 12h16 - ATUALIZADO EM 19/05/2021, 12h16
Duração de áudio: 01:31
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: PAZUELLO AFIRMA QUE NÃO HOUVE CANCELAMENTO DE COMPRA DA CORONAVAC E QUE “UM MANDA OUTRO OBEDECE” FALADO POR ELE AO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO ERA UM TERMO MILITAR OU DA INTERNET. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. TÉC: O senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, relator da CPI da Pandemia, perguntou ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello sobre um fato de outubro de 2020, quando houve uma carta de intenções assinada para aquisição da Coronavac, carta que foi cancelada posteriormente: (Renan) Depois de vossa excelência, em dezenove de outubro de 2020, assinar e anunciar publicamente o protocolo de intenções para a compra de quarenta e seis milhões de doses da vacina Coronavac. O Presidente da República declarou que não as compraria ao que vossa excelência respondeu na oportunidade. É simples assim, um manda e outro obedece. Pergunto, vossa excelência poderia descrever esse episódio em detalhes? (REP) Pazuello afirmou que não houve quebra de contrato, que as negociações continuaram e que os termos usados com o presidente Jair Bolsonaro eram do jargão militar ou da internet: (Pazuello) Quem manda é ele eu obedeço. Aquilo é um jargão simplório colocado pra discussão de internet. Eu coloco aqui, eu queria colocar uma coisa pros senhores. Acreditem. Nunca o Presidente da República mandou eu desfazer qualquer contrato, qualquer acordo com o Butantan. Em nenhuma vez. (REP) Pazuello afirmou que naquele momento havia uma disputa de agentes políticos, no caso o governador de São Paulo, João Dória e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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