Depoimento de Pazuello é suspenso e recomeçará amanhã — Rádio Senado
CPI da Pandemia

Depoimento de Pazuello é suspenso e recomeçará amanhã

O depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia foi suspenso nesta quarta-feira (19) e será retomado na manhã de quinta-feira (20). Ao responder aos questionamentos dos senadores, Pazuello negou ingerências do presidente Bolsonaro e demora na compra de vacinas. No final do dia, o ex-ministro passou mal e foi atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), mas se colocou à disposição para continuar a oitiva.

19/05/2021, 18h35 - ATUALIZADO EM 19/05/2021, 18h35
Duração de áudio: 02:07
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: EX-MINISTRO DA SAÚDE NEGA RECOMENDAÇÃO DE CLOROQUINA E INGERÊNCIA DO PRESIDENTE BOLSONARO NA CONDUÇÃO DA PANDEMIA. LOC: APESAR DO DIREITO DE PERMANECER CALADO, EDUARDO PAZUELLO DIZ QUE DEMORA NA COMPRA DAS VACINAS SE DEVE À BUROCRACIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Apesar do habeas corpus, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou ingerências do presidente Bolsonaro e demora na compra de vacinas. Disse que o contrato da Pfizer só foi fechado neste ano após a liberação da Anvisa e a aprovação de uma lei. O ex-ministro da Saúde alegou que a escolha pela menor cota de vacinas pelo consórcio Covax Facility ocorreu pela falta de uma previsão de entrega e pelo preço 3 vezes maior. E disse não ter recuado na compra da coronavac após o presidente Bolsonaro desautorizá-lo publicamente porque o contrato não tinha sido assinado com o Butantan. Ao negar a prescrição de cloroquina, Pazuello citou que uma nota técnica foi publicada após manifestação do Conselho Federal de Medicina pela autonomia médica. (Pazuello) Seguindo o Conselho, colocamos da seguinte forma: “médicos se decidirem prescrever os seguintes medicamentos que sendo usados off label, atenção para a dosagem e atenção não usem na fase final porque está comprovada que não é a melhor forma de usar”. Isso daí era o mínimo que poderia fazer ou estaria prevaricando. O que o Ministério da Saúde era só isso. REP: Sobre Manaus, o ex-ministro da Saúde disse que agiu ao saber da falta de oxigênio, que teria durado 3 dias por baixa no estoque da fornecedora. O senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, no entanto, disse que o ex-ministro soube da crise no dia 7, mas só mandou cilindros no dia 24 de janeiro. (Braga) Não faltou oxigênio no Amazonas apenas 3 dias, pelo amor de Deus. Faltou oxigênio na cidade de Manaus por mais de 20 dias. É só ver o número de mortos. É só ver o desespero das pessoas tentando chegar ao oxigênio. Não é possível. (Não são os dados que estão comigo). Vossa Excelência não pode deixar de dizer que não conhece isso. O senhor estava lá. O senhor assistiu com seus olhos os brasileiros amazonenses morrerem por falta de oxigênio. (Eu estava lá) REP: O depoimento de Pazuello será retomado nesta quinta-feira devido às votações do Plenário e à lista de 23 senadores para fazerem perguntas. Apesar de ter passado mal e ter sido atendido pelo senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, o general se colocou à disposição para continuar a oitiva.

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