Semana na CPI terá ex-ministros Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello — Rádio Senado
Investigação

Semana na CPI terá ex-ministros Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello

A CPI da Pandemia vai ouvir na terça-feira (18) o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a falta de ação diplomática na compra de vacinas e insumos contra da covid-19. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) quer saber se os ataques à China feitos pelo ex-chanceler resultaram na falta de vacinas e insumos. Na quarta-feira (19), será a vez do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que conseguiu o direito de ficar calado e não ser preso. Mas o senador Marcos Rogério (DEM-RO) acredita que o general deverá responder às perguntas. Na quinta-feira (20), prestará depoimento à CPI da Pandemia a secretária de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida por capitã cloroquina.

17/05/2021, 13h26 - ATUALIZADO EM 17/05/2021, 13h26
Duração de áudio: 02:18
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DA PANDEMIA VAI OUVIR NESTA SEMANA O EX-MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES E REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE FAVORÁVEL AO USO DE CLOROQUINA. LOC: ALIADOS DO GOVERNO DIZEM QUE EDUARDO PAZUELLO DEVERÁ RESPONDER ÀS PERGUNTAS DOS SENADORES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN (Repórter) O primeiro a prestar depoimento à CPI da Pandemia nesta semana será o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Na terça-feira, o ex-chanceler deverá responder às perguntas sobre os atrasos na chegada de vacinas e insumos relacionados à pandemia por ataques à China e aos Estados Unidos. Ele é acusado de ter praticado o negacionismo do governo nas relações diplomáticas do Brasil na crise sanitária. O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, acredita que o ex-chanceler poderá ter responsabilidade pela falta de imunizantes e insumos. (Alessandro Vieira) A oitiva do ex-ministro Ernesto Araújo é importante para a gente possa identificar com mais clareza como se deu a atuação do Brasil no cenário internacional na busca por vacinas e insumos no atendimento ao processo de combate à pandemia. As impressões que temos no momento é de que essa atuação foi muito tímida ou ineficiente. É importante ouvir do ex-ministro como o Ministério efetivamente se portou. (Repórter) Na quarta-feira, será a vez de o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, falar à CPI. Apesar do direito de ficar calado sem ser preso e de ser acompanhado por um advogado, o senador Marcos Rogério, do Democratas de Rondônia, acredita que Eduardo Pazuello deverá responder a todas as perguntas. (Marcos Rogério) O habeas corpus não é impeditivo para a prestação de um depoimento à CPI. Na verdade, o habeas corpus nesse momento representa uma opção de segurança contra abusos, contra excessos. Portanto, a minha expectativa é de que o ex-ministro fale sobre tudo o que foi e o que aconteceu na sua gestão à frente do Ministério da Saúde. Portanto, não tenho uma expectativa de que ele faça uso do HC para permanecer em silêncio, pelo contrário. (Repórter) Na quinta-feira, a CPI da Pandemia vai ouvir a secretária de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro. Conhecida por capitã cloroquina, ela é defensora de medicamentos sem comprovação científica e da imunidade de rebanho, que teria sido testada em Manaus. Mayra Pinheiro, que também recorreu ao Supremo Tribunal Federal para ficar calada, será questionada sobre o isolamento social, campanha contra a covid-19 e omissão de dados no Ministério da Saúde.

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