Especialistas apresentaram no Senado opiniões opostas sobre o retorno às aulas presenciais antes do fim da pandemia — Rádio Senado
Volta às Aulas

Especialistas apresentaram no Senado opiniões opostas sobre o retorno às aulas presenciais antes do fim da pandemia

Especialistas apresentaram, em sessão temática no Senado, opiniões opostas sobre o retorno às aulas presenciais antes do fim da pandemia. O Senado analisa um projeto (PL 5595/2020) que torna a educação básica e o ensino superior serviços essenciais. Isso significa que as aulas não poderão ser interrompidas durante crises sanitárias, assim como as atividades da saúde, segurança pública e transporte.

14/05/2021, 19h51 - ATUALIZADO EM 14/05/2021, 19h51
Duração de áudio: 02:07
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESPECIALISTAS APRESENTARAM, EM SESSÃO TEMÁTICA NO SENADO, OPINIÕES OPOSTAS SOBRE O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS ANTES DO FIM DA PANDEMIA. LOC: CASO AS ATIVIDADES SEJAM RETOMADAS, UMA SÉRIE DE MEDIDAS SANITÁRIAS DEVE SER OBSERVADA, EM ESPECIAL A VENTILAÇÃO DAS ESCOLAS, O DISTANCIAMENTO E A ADOÇÃO DE TURNOS. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Um grupo de senadores ouviu especialistas, além de representantes do governo e de trabalhadores da educação antes da votação de um projeto que torna a educação básica e o ensino superior serviços essenciais. A proposta já aprovada pelos deputados proíbe a interrupção das atividades escolares durante crises sanitárias, assim como já acontece com a saúde, segurança pública e transporte. Florence Bauer, representante da Unicef no Brasil, disse que a suspensão das aulas presenciais causa outros prejuízos além do atraso educacional, como na convivência e no desenvolvimento infantis, na segurança alimentar, na violência - inclusive a doméstica – na saúde mental das crianças e no aumento da desigualdade. (Florence Bauer) A Unicef tem a posição de que a escola tem de ser a última a fechar e a primeira a reabrir. Obviamente, essa reabertura tem de acontecer de forma segura. Ela tem de ser adaptada à situação epidemiológica de cada local. Ela tem de se adaptar: ventilação, máscaras, distanciamento, turmas híbridas. (Repórter) Já Daniel Cara, dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, considera que é prematuro falar em aulas presenciais, em um momento que ainda traz risco de infecção para trabalhadores e alunos. (Daniel Cara) A verdade é que nós já tivemos mais de um ano de inércia para construir saídas ao problema da educação na pandemia, e nada concretamente foi feito. É isso que gera desespero, né? E o que é importante frisar é que a solução do Estado para garantir o direito à educação não pode ser mandar a comunidade escolar para o risco de morte, para o risco de infecção. (Repórter) Sugestões em comum a todos os debatedores são melhorias na ventilação das escolas, a adoção de turnos de aulas para reduzir o número de alunos por turma, a prioridade de vacinação para professores e trabalhadores e a disponibilização de equipamentos de proteção e higiene. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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