Não fui consultado sobre decreto, diz ministro, sobre medidas de isolamento — Rádio Senado
Flash

Não fui consultado sobre decreto, diz ministro, sobre medidas de isolamento

O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, quis saber do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, sobre um possível decreto anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro que poderia impedir medidas de distanciamento social nos estados e municípios. Queiroga afirmou que 430 milhões de doses de vacinas estão contratadas pelo governo federal e que, apesar das declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a China, as relações internacionais devem se pautar pelo pragmatismo. Mais informações com o repórter Rodrigo Resende.

06/05/2021, 12h27 - ATUALIZADO EM 06/05/2021, 12h33
Duração de áudio: 01:42
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: O MINISTRO DA SAÚDE, MARCELO QUEIROGA, DEFENDEU PRAGMATISMO NA RELAÇÃO COM A CHINA, APESAR DE DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO RELACIONADAS AO PAÍS ASIÁTICO. LOC: QUEIROGA AFIRMOU QUE NÃO FOI CONSULTADO SOBRE DECRETO RELACIONADO A IMPEDIMENTO DE DISTANCIAMENTO SOCIAL E GARANTIU A CONTRATAÇÃO DE 430 MILHÕES DE DOSES DE VACINAS ATÉ O FINAL DO ANO. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. (Repórter) O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, quis saber o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, sobre um possível decreto anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro que poderia impedir medidas de distanciamento social nos estados e municípios: (Renan Calheiros) Sobre a conveniência da proibição de medidas de distanciamento social neste momento? (Marcelo Queiroga) Não, não fui consultado. (Renan Calheiros) o Ministério da Saúde está participando da elaboração da minuta de decreto presidencial com o teor sugerido ontem pelo Presidente da República? (Marcelo Queiroga) Não, não estou participando da elaboração desse decreto e nem fui corretado sobre o tema. (Renan Calheiros) É mais uma ação na área de enfrentamento da Covid que anuncia-se no palácio e não se informa se quer o ministro da saúde (Repórter) Renan criticou as últimas falas do presidente Jair Bolsonaro relacionadas à China e apontou que isso pode prejudicar a vacinação brasileira: (Renan Calheiros) E hoje o Butantã suspendeu que não pode mais trazer insumos da China, circunstância gravada pela declaração do Presidente da República. (Repórter) O ministro afirmou que os acordos internacionais devem se pautar pelo pragmatismo e defendeu a atuação do chanceler Carlos Alberto Franco França no atual momento de negociação de vacinas e insumos: (Marcelo Queiroga) nós temos que adotar pragmatismo eh nas nossas relações internacionais, nas nossas relações exteriores, pra ter esses insumos aqui que são fundamentais. (Repórter) Queiroga afirmou que um novo acordo com a Pfizer, de 100 milhões de novas doses, está prestes a ser assinado e que 430 milhões de doses no total estão contratadas pelo governo federal.

Ao vivo
00:0000:00