Comissão de Combate à Violência contra a Mulher divulga relatório das políticas públicas 2019/2020 — Rádio Senado
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Comissão de Combate à Violência contra a Mulher divulga relatório das políticas públicas 2019/2020

A Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher divulgou hoje (24) o relatório de avaliação das políticas públicas do biênio 2019/2020.  O documento mostra baixa execução orçamentária e dificuldade de percepção de situações de violência física, patrimonial ou psicológica contra a mulher. 

24/03/2021, 14h05 - ATUALIZADO EM 24/03/2021, 14h05
Duração de áudio: 01:44
Leopoldo Silva/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO PERMANENTE MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DIVULGOU O RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DO BIÊNIO 2019/2020. LOC: O DOCUMENTO MOSTRA BAIXA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E DIFICULDADE DE PERCEPÇÃO DE SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA FÍSICA, PATRIMONIAL OU PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) A presidente da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, ponderou que o relatório é importante para mostrar os erros e como as autoridades públicas podem corrigi-los. (Zenaide Maia) Pois permite acompanhamento orientado para os objetivos e metas previstos. Possibilitando dessa forma a identificação de eventuais falhas, a revisão de decisões, a racionalização de recursos públicos e, consequentemente, um redirecionamento das ações. (Repórter) Henrique Marques Ribeiro, do Observatório da Mulher contra a Violência, destacou que apenas uma em cada 5 mulheres ouvidas pelo DataSenado, vítimas de violência doméstica, se identificaram como sofredoras de abusos físicos, psicológicos e emocionais por parte de seus companheiros. (Henrique Marques Ribeiro) Tem muitas mulheres que vivem quadros de violência, mas não se percebem em situações de violência. Como a gente pode alcançar essa mulher, e talvez esse seja o momento da educação, das campanhas de conscientização, para que se perceba mais cedo em uma situação de violência antes que aquela situação de violência entre numa espiral próxima de um feminicídio. (Repórter) Outra revelação do relatório é a baixa execução orçamentária, ou seja, poucos investimentos em ações relacionadas ao enfrentamento da violência contra as mulheres. Em 2019, dos R$ 60 milhões reservados para essa finalidade, apenas 45% foram gastos. Em 2020, apenas 8%.

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