Gestantes e mães de recém-nascidos poderão ter prioridade nas UTI’s enquanto durar isolamento — Rádio Senado
Covid-19

Gestantes e mães de recém-nascidos poderão ter prioridade nas UTI’s enquanto durar isolamento

Gestantes e mães de recém-nascidos poderão ter prioridade nos leitos de UTI’s enquanto durarem as medidas de isolamento. A proposta (PL 2442/2020), que será analisada pelo Senado, permite ainda que pedidos médicos de exames pré-natais e pós-parto sejam feitos eletronicamente e tenham validade durante toda a gravidez. O objetivo é garantir a saúde dessas mulheres, que são consideradas grupo de risco para o coronavírus mas não foram incluídas na lista de prioridade de vacinação devido à falta de estudos sobre os efeitos do imunizante na gestação.

19/03/2021, 19h15 - ATUALIZADO EM 19/03/2021, 19h16
Duração de áudio: 01:51
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Transcrição
LOC: GESTANTES E MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PODERÃO TER PRIORIDADE NOS LEITOS DE UTI’S ENQUANTO DURAREM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO. LOC: A PROPOSTA, QUE SERÁ ANALISADA PELO SENADO, PERMITE AINDA QUE PEDIDOS MÉDICOS DE EXAMES PRÉ-NATAIS E PÓS-PARTO SEJAM FEITOS ELETRONICAMENTE. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: As grávidas e as mulheres nos primeiros 45 dias após o parto são consideradas grupo de risco para o coronavírus. Estudos sugerem risco maior de desenvolver sintomas graves da doença, bem como de complicações em uma eventual internação e intubação. Elas não foram incluídas entre as pessoas que têm prioridade na vacinação, no entanto, porque não há estudos sobre como os imunizantes afetariam a gestação ou a amamentação. Como forma de garantir a saúde dessas mulheres, uma proposta prevê que tenham prioridade nas UTI’s durante medidas de lockdown, normalmente utilizadas quando o número de leitos está próximo da capacidade máxima de utilização. Além disso, todos os pedidos médicos de exames pré-natais e pós-parto poderão ser feitos por meio eletrônico e terão validade durante toda a gravidez, para evitar que as mulheres se exponham à contaminação a cada etapa que necessita de um novo exame. O senador Cid Gomes, do PDT do Ceará, lembrou a situação de vulnerabilidade das gestantes e chegou a sugerir ao ministério da Saúde que seus familiares fossem incluídos na lista prioritária. (Cid Gomes) As gestantes são um risco em dobro: corre risco a gestante e corre risco o bebê que a gestante carrega. Então, eu queria sugerir que fossem colocadas no grupo prioritário as pessoas que cercam as gestantes, familiares em primeiro grau de gestantes. Dessa forma, pelo menos o contato com a gestante não existiria. (Repórter) Apesar da ausência de testes humanos sobre a segurança e eficácia das vacinas em gestantes e lactantes, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia argumenta que estudos em fases anteriores, com animais, não demonstram risco de malformações nos fetos. A entidade recomenda que a decisão de tomar ou não a vacina, quando estiver disponível, deve ser tomada pela mulher e pelo seu médico, depois de avaliarem os riscos e benefícios. Para quem ainda não tomou ou decidir não tomar o imunizante, a recomendação é manter as medidas de proteção como distanciamento social, usar máscara e lavar as mãos ou usar álcool em gel. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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