Eleição para a mesa vai contar com dois candidatos entre os partidos que historicamente comandam a Casa — Rádio Senado
MDB e DEM

Eleição para a mesa vai contar com dois candidatos entre os partidos que historicamente comandam a Casa

Dos cinco senadores que já apresentaram candidatura à Presidência do Senado, dois são dos partidos que historicamente comandam a Casa, o MDB e o Democratas. Apesar de antiga tradição de escolha de um nome entre as legendas com maior número de senadores, nenhuma das duas maiores bancadas (MDB e PSD) vai apoiar um candidato próprio. A reportagem é de Roberto Fragoso, da Rádio Senado.

29/01/2021, 20h34 - ATUALIZADO EM 29/01/2021, 20h34
Duração de áudio: 01:53
Agência Senado

Transcrição
LOC: DOS CINCO SENADORES QUE JÁ APRESENTARAM CANDIDATURA À PRESIDÊNCIA DO SENADO, DOIS SÃO DOS PARTIDOS QUE HISTORICAMENTE COMANDAM A CASA. LOC: NENHUMA DAS DUAS MAIORES BANCADAS VÃO APOIAR UM NOME PRÓPRIO, PORTANTO APOIO POLÍTICO E VOTAÇÃO DEVEM PREVALECER SOBRE TRADIÇÃO. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Desde a redemocratização, o Senado teve 18 mandatos da Mesa, presidida por 14 senadores. Alguns deles ocuparam o cargo, que dura dois anos, mais de uma vez, como Humberto Lucena e Antonio Carlos Magalhães, que foram presidentes da Casa duas vezes; Renan Calheiros, que desempenhou o papel três vezes; e José Sarney, que liderou o Senado em quatro ocasiões. Somente o MDB e o Democratas, antigo PFL, elegeram parlamentares para a cadeira mais importante da Mesa, que acumula também a função de presidente do Congresso Nacional. Há uma tradição, ou seja, uma regra não escrita, de que o cargo mais alto de direção do Senado seja escolhido entre a bancada com o maior número de senadores. Esse costume, no entanto, vem sendo substituído pela busca de apoio político, como explica o consultor legislativo do Senado Gilberto Guerzoni. (Gilberto Guerzoni) Até recentemente a Casa ainda mantinha a tradição de eleger um representante da maior bancada a partir do princípio da proporcionalidade. Isso é uma tradição da Casa mas não é obrigatório uma vez que a própria Constituição afirma que a proporcionalidade deve ser observada tanto quanto possível e conforme inclusive já decisão do Supremo Tribunal Federal o que determina a composição da Mesa acaba sendo os ajustes políticos feitos na Casa e a eleição propriamente dita. (Repórter) A maior bancada do Senado hoje é a do MDB, que conta com 15 senadores, mas o partido não fechou questão em torno da candidatura, por isso a senadora Simone Tebet, de Mato Grosso do Sul, concorre de forma independente. A legenda que conta com o segundo maior número de parlamentares, o PSD, não lançou um nome próprio e decidiu apoiar o mineiro Rodrigo Pacheco, do Democratas, que tem cinco representantes na Casa. Também entrou na disputa o senador do Rio Grande do Sul Lasier Martins, do Podemos, terceira maior bancada, com nove nomes. São candidatos também Jorge Kajuru, do Cidadania, partido com três membros na Casa, e Major Olímpio, do PSL, que elegeu dois parlamentares. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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