Campanha dá visibilidade a mulheres que enfrentam violência na pandemia — Rádio Senado
16 dias de ativismo

Campanha dá visibilidade a mulheres que enfrentam violência na pandemia

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres é celebrado em 25 de novembro. A data, que faz parte dos “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Este ano, o tema da campanha é “Onde Você Está que Não me Vê?”, e pretende dar visibilidade às mulheres e meninas que enfrentaram a violência durante a pandemia da covid-19. Acompanhe a reportagem de Regina Pinheiro, da Rádio Senado.   

23/11/2020, 18h28 - ATUALIZADO EM 24/11/2020, 09h47
Duração de áudio: 03:15
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Transcrição
LOC: 25 DE NOVEMBRO É O DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES LOC: A DATA FOI INSTITUÍDA PELA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS COM O OBJETIVO DE PREVENIR E ELIMINAR A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES E MENINAS EM TODO O MUNDO. REPÓRTER REGINA PINHEIRO TÉC: O “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as mulheres” faz parte dos “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, uma campanha anual da Organização das Nações Unidas. Este ano, o tema é “Onde Você Está que Não me Vê?” e pretende dar visibilidade às mulheres e meninas que enfrentam a violência durante a pandemia da covid-19. O senador Paulo Paim do PT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão de Direitos Humanos apoia a iniciativa da ONU e faz um apelo para que se denuncie toda e qualquer forma de violência. (Paim) Antes da pandemia o Brasil já ocupava o 5º lugar no índice de feminicídios do mundo, com 4,8 casos a cada grupo de 100 mil mulheres, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Ainda segundo a organização, 5 mil mulheres são assassinadas por ano, deixando o país em 7º lugar em números absolutos, dentre 83 países. É preciso acabar com essa cultura de normatização de abusos, assédio moral, sexual e agressões, onde as mulheres negras são as mais vitimadas. Eu apoio essa iniciativa. Apoie também, sim, todos nós temos que apoiar. Denuncie toda e qualquer forma de violência contra as mulheres. (Rep) Levantamento do Fórum de Segurança Pública apontou 631 casos de feminicídios no Brasil nos primeiros 6 meses de 2020. O aumento no número de mulheres assassinadas foi de 2% em relação ao mesmo período de 2019. Já os casos de lesão corporal classificados como violência doméstica caíram 11%, e os estupros tiveram queda de 21%. Para a senadora Simone Tebet do MDB de Mato Grosso do Sul, as estatísticas que mostram redução dos casos de violência refletem a dificuldade que a mulher tem para denunciar o seu agressor durante a pandemia. (Simone) Infelizmente, esse ano de covid, em que tivemos que ficar mais dentro dos lares e com o aumento do desemprego, com a presença dos homens dentro de casa aumentou-se o número de feminicídios no Brasil, Paralelo a isso, uma redução nas denúncias de agressão e estupro. Quando nós sabemos que o feminicídio é o ato final, que antes do feminicídio, na maioria das vezes, acontece a agressão, a violência física, a violência moral, a violência psicológica e muitas vezes o estupro, é óbvio que não foi só o feminicídio que aumentou. Nada mais é do que a dificuldade que essa mulher teve de sair de casa para denunciar, que ela era e acabava ficando mais fiscalizada por esse agressor. (Rep) Simone afirma que a esperança para o fim da violência contra a mulher está na nova geração de jovens, mais consciente e que debate essa questão dentro das escolas. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro .

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