Senado vai publicar “Panfletos da Independência” do século 19 — Rádio Senado
Bicentenário da Independência

Senado vai publicar “Panfletos da Independência” do século 19

O Conselho Editorial do Senado vai publicar os “Panfletos da Independência”, que abrangem o período de 1820 a 1837. As obras fazem parte do acervo da Biblioteca Oliveira Lima, da Universidade Católica da América, em Washington (EUA). Essa é uma das iniciativas da Comissão Curadora do Senado, encarregada de preparar os eventos comemorativos do Bicentenário da Independência do Brasil, em 2022. Ouça os detalhes com a repórter da Rádio Senado, Regina Pinheiro. 

30/10/2020, 16h13 - ATUALIZADO EM 30/10/2020, 16h18
Duração de áudio: 03:17
Reprodução de um dos panfletos da independência.
Reprodução

Transcrição
LOC: O CONSELHO EDITORIAL DO SENADO VAI PUBLICAR OS “PANFLETOS DA INDEPENDÊNCIA”, DA COLEÇÃO DA BIBLIOTECA OLIVEIRA LIMA, DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DA AMÉRICA, EM WASHINGTON LOC: AS PUBLICAÇÕES FAZEM PARTE DAS COMEMORAÇÕES PREPARADAS PELA COMISSÃO CURADORA QUE O SENADO CRIOU PARA COORDENAR OS EVENTOS DO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, EM 2022. REPÓRTER REGINA PINHEIRO TÉC: Um acordo assinado no mês de agosto entre o Senado, por meio da Comissão Especial Curadora do Bicentenário da Independência, e a Biblioteca Oliveira Lima da Universidade Católica da América em Washington, capital dos Estados Unidos, possibilitou a publicação dos “Panfletos da Independência”. A Vice-Presidente do Conselho Editorial do Senado e Secretária da Comissão Curadora, Esther Bemerguy de Albuquerque, conta que a biblioteca Oliveira Lima é uma das mais importantes do mundo. A biblioteca contém grande acervo dedicado à história e cultura de Portugal e do Brasil, possuindo um conjunto de mais de 40 mil volumes, manuscritos, obras de arte e documentos pessoais doados em 1920 pelo diplomata e historiador Manoel de Oliveira Lima. Os panfletos, que abrangem um período entre 1820 e 1837, já foram disponibilizados digitalizados para o Conselho Editorial do Senado e estão sendo analisados e separados por períodos para publicação. Os originais permanecem em Washington. Esther Bemerguy afirma que a publicação dos panfletos constitui um fio lógico da própria narrativa da independência: (Esther) Nós não queremos fazer uma simples publicação, queremos que essas publicações tragam histórico desses panfletos, falem sobre as narrativas que estão nesses panfletos. É muito importante a disponibilização da coleção de panfletos da biblioteca Oliveira Lima porque o acesso a eles é muito difícil para os brasileiros, a biblioteca fica em Washington, então a distância é um problema nesse caso, para os pesquisadores brasileiros e para todos que estão interessados na história do Brasil (Rep) Para Esther, o acesso aos “Panfletos da Independência” permite que se perceba a participação popular no processo da Independência do Brasil. (Esther) Os folhetos são fundamentais para você perceber a participação da população no processo da independência. Tanto antes da independência, você vai ver uma série de insatisfações que são relatadas nesses panfletos, revoltas que aconteceram antes da independência e posteriores à independência. Não havia uma imprensa sistemática, então, são esses panfletos, são as cartas que vão registrar e construir a narrativa do que acontecia fora dos círculos oficiais. (Rep) Esther informa que não está prevista uma exposição física dos panfletos originais, pois o custo é alto, incluindo seguro e uma série de garantias que a biblioteca exige. Porém, além da publicação dos “Panfletos da Independência” a Comissão Especial Curadora do Bicentenário vai desenvolver sites, podcasts e exposições virtuais que vão divulgar o processo da Independência brasileira para as escolas e o público em geral. Da Rádio Senado, Regina Pinheiro

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