Senadores se mobilizam para manter o valor de R$ 600 do auxílio emergencial — Rádio Senado
Pandemia

Senadores se mobilizam para manter o valor de R$ 600 do auxílio emergencial

A medida provisória que prorroga o auxílio emergencial já recebeu mais de 260 sugestões de mudanças à proposta original do governo. A maioria das emendas é pela manutenção do valor de R$ 600. Diante da persistência da pandemia, o governo federal decidiu liberar quatro parcelas de R$ 300 e estabeleceu que o programa se encerrará em dezembro independentemente do pagamento de todas as cotas. Além disso, excluiu diversos beneficiários, a exemplo de quem conseguiu emprego ou recebe benefício previdenciário ou assistencial. O líder do PT, Rogério Carvalho (SE), citou que a gravidade da situação não permite a redução do valor do benefício. Já o vice-líder do governo, Chico Rodrigues (DEM-RR), argumentou que não há dinheiro para a parcela maior. A MP 1000/2020 ainda será votada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. As informações são da repórter Hérica Christian.

11/09/2020, 18h07 - ATUALIZADO EM 11/09/2020, 18h19
Duração de áudio: 02:32
Aplicativo Auxílio Emergencial ao Trabalhador 

A Caixa Econômica Federal lançou o aplicativo para a liberação do auxílio emergencial a trabalhadores de baixa renda prejudicados pela pandemia do coronavírus. 

O pedido para receber o benefício pode ser feito no site auxilio.caixa.gov.br ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial, disponível nas lojas de aplicativos para celulares Android e IOS. 

O Senado aprovou a medida no dia 30 de março e a lei foi sancionada em 2 de abril de 2020 (Lei 13.982). 

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
Leonardo Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: MEDIDA PROVISÓRIA QUE PRORROGA O PAGAMENTO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL JÁ RECEBEU MAIS DE DUZENTOS E SESSENTA SUGESTÕES DE MUDANÇAS. LOC: DEPUTADOS E SENADORES QUEREM MANTER O VALOR ATUAL DE SEISCENTOS REAIS E NÃO PERMITIR A REDUÇÃO PARA A METADE. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Criado em abril, o auxílio emergencial beneficiou mais de 60 milhões de pessoas com o pagamento de cinco parcelas de R$ 600. Diante da persistência da pandemia, o governo federal decidiu prorrogar até dezembro essa ajuda. Serão mais quatro parcelas de R$ 300, metade do valor inicial. Mas a Medida Provisória 1000 estabeleceu novos critérios de elegibilidade para excluir quem voltou a trabalhar com carteira assinada, quem recebe benefício previdenciário, assistencial ou seguro-desemprego, quem teve renda familiar per capita acima de meio salário-mínimo mensal superior a R$ 2.379 no ano passado e que possui imóvel avaliado em mais de R$ 300 mil. Também deixam de receber presos no regime fechado, brasileiros residentes no exterior e menores de idade, com exceção de adolescentes grávidas. A MP também veda a acúmulo de benefícios, prioriza o maior valor no caso do Bolsa-Família, limita a duas cotas por família e estabelece o final do programa em dezembro mesmo que haja parcelas ainda não pagas. Em resposta a essas novas regras, deputados e senadores apresentaram mais de 260 emendas, ou seja, sugestões de mudanças à MP. A maioria para manter o valor atual dos R$ 600, como destacou o líder do PT, senador Rogério Carvalho, de Sergipe. (Rogério) Inicialmente, o PT apresentou um projeto de lei, tanto na Câmara quanto no Senado de R$ 1045, que era o valor do salário mínimo. O presidente apresentou um de R$ 200, que virou R$ 600. E a gente vai propor através de emendas que seja prorrogado o auxílio emergencial no valor de R$ 600 até o final do ano. REP: O vice-líder do governo, senador Chico Rodrigues, do Democratas de Roraima, argumentou que falta dinheiro para a manutenção dos R$ 600. (Chico) A economia do país está numa situação muito difícil. Só para se ter uma ideia já foram gastos mais de R$ 212 biliões com o auxílio emergencial e a previsão é R$ 322 bilhões. É claro que a pandemia foi um fator que aconteceu contra a vontade de todos, foi inesperado. Mas é muito difícil o governo manter o teto que vinha mantendo de um teto de R$ 600 de benefício. REP: A MP ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian. MP 1000/2020

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