Proposta prevê dois anos de trabalho no SUS para recém-formados
Sugestão legislativa em análise pela Comissão de Direitos Humanos prevê que todos os profissionais de saúde recém-formados em faculdades custeadas por recursos públicos prestem serviço para o SUS durante dois anos. A ideia foi enviada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) para o portal e-cidadania e recebeu 4 mil apoios no período de 4 meses. As informações com a repórter Raquel Teixeira.
Transcrição
LOC: PROPOSTA PREVÊ QUE MÉDICOS, ENFERMEIROS E OUTROS PROFISSIONAIS DE SAÚDE RECÉM-FORMADOS EM FACULDADES CUSTEADAS POR RECURSOS PÚBLICOS TRABALHEM PARA O SUS POR UM PERÍODO DE DOIS ANOS.
LOC: A IDEIA VEIO DE UMA SUGESTÃO LEGISLATIVA RECEBIDA PELO PORTAL DO E-CIDADANIA QUE RECEBEU MAIS DE 20 MIL APOIOS NO PRAZO DE 4 MESES E, POR ISSO, FOI ENVIADA À COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS PARA SE TRANSFORMAR EM PROJETO DE LEI. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
TÉC: Durante o contrato temporário, o profissional teria jornada semanal de 20 horas com garantia de remuneração, em lotação determinada de acordo com a localização residencial e com todos os direitos previstos em lei. O objetivo da medida, apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, é melhorar o atendimento hospitalar à sociedade, aumentando a quantidade de médicos e enfermeiros disponíveis, além de garantir o primeiro emprego e permitir a qualificação desses recém-formados. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, defende a ideia como forma de os cidadãos retribuírem para a sociedade o benefício que receberam do governo.
(PAIM) Ao mesmo tempo em que os profissionais diplomados retribuem por sua formação que foi custeada com o dinheiro público, também ganham oportunidade de entrar no mercado de trabalho e ganhar experiência sendo remunerados.
Rep: E o senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, concorda com a necessidade de adotar esse mecanismo e conta que já apresentou anteriormente um projeto sobre o mesmo tema.
(IZALCI) Nós temos milhares de médicos sendo formados nas universidades públicas que no dia seguinte montam a sua clínica particular e não dá retorno nenhum para a sociedade. Ninguém quer que ele trabalhe de graça, mas aonde houve necessidade de atendimento o governo poderá utilizar esses alunos. Isso é muito importante para o país.
Rep: Se a proposta for aprovada, o Ministério da Saúde terá 180 dias para elaborar calendário e orientações às entidades formadoras e prestadoras de serviço do SUS, além de criar mecanismo de cadastro e distribuição de vagas de acordo com a demanda. Já os estados e municípios terão 24 meses para adequação do sistema. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.