Senadores questionam redução nas próximas 3 parcelas do auxílio emergencial
O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses com redução no valor do benefício. Serão três parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Os senadores defendem que o ideal seria manter a ajuda sem redução no valor. O custo da prorrogação seria de mais de 100 bilhões. Para o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), é preciso avaliar se os cofres públicos realmente não comportam a manutenção do benefício em sua integralidade. Já o senador Rogério Carvalho (PT-SE) avalia que se trata de uma enganação, já que o a soma das três parcelas equivale a R$ 1.200, valor de dois meses do benefício atual. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: O GOVERNO ANUNCIOU A PRORROGAÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL EM MAIS TRÊS PARCELAS DE QUINHENTOS, QUATROCENTOS E TREZENTOS REAIS.
LOC: SENADORES DEFENDEM QUE O IDEAL SERIA MANTER A AJUDA SEM REDUÇÃO NO VALOR. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA
TEC: O Presidente Jair Bolsonaro confirmou a prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados. O valor atual de seiscentos reais deverá ser reduzido a parcelas decrescentes de quinhentos reais, depois quatrocentos e, por fim, trezentos reais. O montante equivale a mil e duzentos reais, ou seja, duas parcelas do benefício atual, como destacou o líder do PT, senador Rogério Carvalho, de Sergipe.
(Rogério) O auxílio emergencial se mostrou a política mais efetiva durante a pandemia pra evitar o empobrecimento ainda maior da nossa população. O Presidente Bolsonaro quer enganar os brasileiros com 3 parcelas que na verdade equivalem a duas parcelas do benefício anterior. Nós defendemos que sejam 3 parcelas em igual valor às que vinham sendo pagas de R$ 600.
(REP) O custo da prorrogação seria de mais de 100 bilhões. Para o senador Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais, é preciso avaliar se os cofres públicos realmente não comportariam a manutenção do benefício em sua integralidade, como defende o Governo.
(Rodrigo) Eu não duvido que a proposta do governo decorra de uma avaliação econômico-financeira sobre suas possibilidades. É óbvio que temos que aprofundar nisso para identificarmos se não é possível mantermos os valores de 600 reais que realmente seria o ideal porque a pandemia não acabou, há necessidade do isolamento, a economia não reagiu.
(REP) Mais de 59 milhões de brasileiros já foram beneficiados com o auxílio emergencial. A terceira parcela de seiscentos reais será paga até 4 de julho, de acordo com o mês de nascimento do beneficiário. O dinheiro poderá ser usado para pagar contas, boletos e fazer compras com o cartão de débito digital. Já os saques começam em 18 de julho e vão até 19 de setembro.