Senadores se dividem sobre reajuste para funcionalismo — Rádio Senado
Congelamento de salários

Senadores se dividem sobre reajuste para funcionalismo

Repercutiu entre os senadores a decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar trecho da proposta aprovada pelo Congresso que deixa várias categorias do funcionalismo público de fora do congelamento salarial. Para Arolde de Oliveira (PSD-RJ), a decisão é acertada, pois muitos brasileiros estão vivendo do auxílio emergencial de R$ 600. Já Humberto Costa (PT-PE) afirma que a medida quebra o acordo firmado com o Congresso Nacional. Os detalhes com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

08/05/2020, 19h06 - ATUALIZADO EM 08/05/2020, 19h54
Duração de áudio: 02:34
Vista aérea da Esplanada dos Ministérios em Brasília-DF, localizada no Eixo Monumental, via que corta o Plano Piloto no sentido leste-oeste
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Transcrição
LOC: DECISÃO DO GOVERNO DE VETAR LIBERAÇÃO DE REAJUSTE PARA ALGUMAS CATEGORIAS DO FUNCIONALISMO PÚBLICO REPERCUTE ENTRE OS SENADORES LOC: PARA AROLDE DE OLIVEIRA, MEDIDA GARANTE IGUALDADE DE TRATAMENTO ENTRE FUNCIONÁRIOS DO SETOR PÚBLICO E PRIVADO. JÁ HUMBERTO COSTA RECLAMA DA QUEBRA DE ACORDO COM O CONGRESSO. REPÓRTER PEDRO PINCER. TÉC: O presidente Jair Bolsonaro antecipou que vai vetar trecho da proposta aprovada pelo Congresso que deixa várias categorias do funcionalismo público de fora do congelamento salarial. Ele disse que segue recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes. O socorro financeiro a estados, municípios e o Distrito Federal de R$ 125 bilhões, entre repasses diretos e suspensão de dívidas, para o combate ao novo coronavírus, tinha como contrapartida a proibição de reajuste por 18 meses. Mas, além dos profissionais de saúde, de segurança pública e das Forças Armadas, os parlamentares excluíram do congelamento os trabalhadores da educação pública, servidores de carreiras periciais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, guardas municipais, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, de serviços funerários e de assistência social. Ao lembrar que muitos brasileiros estão vivendo apenas com o auxílio emergencial de 600 reais, o senador Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, defendeu o veto. (Arolde) Então eu acho que é justo que seja vetado, sim. Apenas para dar essa certa isonomia do sacrifício do funcionalismo público com os trabalhadores da iniciativa privada que estão desempregados, inclusive muitos já vivendo aí de corona voucher, o que é injusto. (Repórter) Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, observa que a decisão de Bolsonaro quebra um acordo feito entre o governo e as lideranças da Câmara e do Senado. Para ele, o que está se tentando fazer é uma espécie de nivelamento moral entre os servidores públicos e os que trabalham na iniciativa privada. (Humberto) Sabemos inclusive que será muito difícil que prefeitos e governadores venham a conceder esses reajustes, esses aumentos, mas não é possível no entanto que o governo federal queira interferir na autonomia de estados e municípios, queira condicionar a concessão de uma ajuda que é algo extremamente necessário a determinadas posições ou posturas que os prefeitos e os governadores venham a tomar. (Repórter) De acordo com o Ministério da Economia, o congelamento de reajuste liberaria R$ 130 bilhões que poderiam ser usados em outras atividades, como a manutenção de serviços de saúde e a extensão de programas sociais. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

Ao vivo
00:0000:00