IFI considera acertadas medidas econômicas para a crise
Diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, diz que medidas anunciadas pelo governo estão no caminho certo. Mas é importante converter o quanto antes esses anúncios em propostas concretas e garantir que auxílios a estados sejam temporários e utilizados exclusivamente para ajudar a superar a crise do coronavírus. A reportagem é de Bruno Lourenço.
Transcrição
LOC: INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE DO SENADO DIZ QUE MEDIDAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO ESTÃO NO CAMINHO CERTO.
LOC: MAS É IMPORTANTE CONVERTER O QUANTO ANTES ESSES ANÚNCIOS EM PROPOSTAS CONCRETAS E GARANTIR QUE AUXÍLIOS A ESTADOS SEJAM TEMPORÁRIOS E UTILIZADOS EXCLUSIVAMENTE PARA AJUDAR A SUPERAR A CRISE DO CORONAVÍRUS. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO:
(Repórter) O governo anunciou que vai aumentar em dez por cento, cerca de oito bilhões de reais, as transferências do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e municipais. Também se comprometeu a liberar 2 bilhões para estados e municípios pelo Orçamento da Assistência Social e garantir, por quatro meses, a transferência de recursos dos fundos de participação originalmente previstos, mesmo com a queda de arrecadação por conta da retração da economia. O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, destacou ainda a interrupção do pagamento de juros e amortização de dívidas dos estados com a União e bancos públicos. Felipe Salto diz que todas as medidas são necessárias, mas é preciso controle para evitar que reajustes salariais ou outras ações não relacionadas à calamidade pública sejam financiadas com esses recursos.
(Felipe Salto) Mostram que o governo está tentando agir pela frente de liberar os estados de pagarem juros e parcelas das dívidas para abrir espaço no orçamento para ações de gastos, combate ao coronavírus, sobretudo na saúde. É preciso que isso seja vinculado, vincular no espaço aberto ao orçamento para o combate à crise, temporárias, etc.
(Repórter) A Instituição Fiscal Independente também considerou acertada a tentativa de dar mais liquidez à economia, de aumentar o dinheiro em circulação, como a redução do depósito compulsório dos bancos no Banco Central.