Equilíbrio emocional é desafio em época de confinamento — Rádio Senado
Isolamento social

Equilíbrio emocional é desafio em época de confinamento

O isolamento social é uma das medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Mas é preciso ter cuidado com a saúde mental das pessoas. Quem está em isolamento com outros familiares pode aproveitar para conversar e fazer coisas que a correria do dia a dia não permite, fortalecendo as conexões familiares. Já a tecnologia deve ser utilizada a favor das relações humanas, permitindo a comunicação com quem está isolado. Confira os detalhes na reportagem de Regina Pinheiro, da Rádio Senado. 

24/03/2020, 17h11 - ATUALIZADO EM 24/03/2020, 17h14
Duração de áudio: 02:34

Transcrição
LOC: ISOLAMENTO SOCIAL É UMA DAS MEDIDAS PARA CONTER O AVANÇO DO NOVO CORONAVÍRUS LOC: MAS É PRECISO TER CUIDADO COM A SAÚDE MENTAL DAS PESSOAS. CONFIRA OS DETALHES NA REPORTAGEM DE REGINA PINHEIRO. TÉC: O isolamento social, tão importante para evitar a propagação da Covid-19, pode gerar um aumento da ansiedade, servindo como gatilho para uma depressão e, consequentemente, para uma tentativa de suicídio. Todos os dias, 32 brasileiros se suicidam, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Por ano, mais de 800 mil pessoas no mundo tiram a própria vida, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. A voluntária e porta-voz do Centro de Valorização da Vida, o CVV, que atua na prevenção ao suicídio, Leila Herédia fala sobre o primeiro passo para manter o equilíbrio emocional diante desta mudança na rotina. (Leila) “Talvez, o mais importante nesse momento tão singular seja acolher as próprias emoções. Então, se eu estou triste, tenho que entender a minha tristeza, o meu medo, a minha solidão, a minha angústia. Até o meu pânico. Por que? Porque eu preciso entender o que está acontecendo comigo, entender que é um momento atípico, para eu me sentir um pouco melhor (Rep) Leila afirma que o momento é de muita ansiedade. Por isso, a preservação de uma rotina parecida com a vivida antes do confinamento, incluindo a prática de exercícios, é um ponto importante para a manutenção da saúde mental. (Leila) “Os especialistas são muito enfáticos nisso, né? Que a gente precisa manter uma rotina, que a gente precisa seguir um padrão , tentar um padrão mais próximo do que a gente vivia fora desse confinamento. (Rep) Quem está em isolamento com outros familiares pode aproveitar para conversar e fazer coisas que a correria do dia a dia não permite, fortalecendo as conexões familiares. Os idosos, especialmente, devem desenvolver atividades lúdicas como pintura, marcenaria, bordado, leitura ou brincar com animais de estimação. Para Leila, a tecnologia deve ser utilizada a favor das relações humanas, permitindo a comunicação com quem está isolado. (Leila) “Se conectar com as pessoas que a gente gosta, mesmo que seja virtualmente ou fazendo uma ligação. Ou mandando áudios, vídeo-chamadas. É tão bom saber que tem alguém preocupado com você, que quer saber se você está bem. Não é porque você está confinado que a pessoa esqueceu de você. Empatia não depende de você estar fisicamente ao lado. Empatia depende de você estar de fato preocupado com a pessoa, de fato querendo saber como ela está, perguntando: posso te ajudar em alguma coisa? (Rep) Leila esclarece como é a atuação do CVV. (Leila) “O CVV funciona como um pronto-socorro emocional. Então, naquele momento em que a pessoa está vivenciando uma dor, uma angústia, um medo, um sentimento de pânico, de solidão, ela pode ligar pro CVV, pelo número 188, ou entrar pelo nosso site CVV.org.br. E ela vai conversar com voluntário, com sigilo, com anonimato. A gente não substitui nenhum tipo de atendimento especializado. Mas, a gente atua no aqui e no agora. Naquele momento, que, pra pessoa, é urgente . (Rep) O atendimento no CVV é gratuito e funciona 24 horas por dia por meio do telefone 188 ou pelo chat e e-mail na página cvv.org.br.Da Rádio Senado, Regina Pinheiro.

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