Educação para crianças e jovens pode ser ferramenta contra feminicídio, defende senadora
Comissão Mista de Combate a Violência Contra a Mulher debate o feminicídio em audiência pública com a participação da Defensora Pública Federal, Rachel Moura; da Defensora Pública do Distrito Federal, Mayara Lima Tachy; da Médica Legista, Cyntia Nascimento; da socióloga Joluzia Batista; e da Delegada de Polícia, Jane Klébia Silva. As informações com a repórter Raquel Teixeira.
Transcrição
LOC: SENADORA DEFENDE QUE EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS PODE SER A SOLUÇÃO PARA ACABAR COM O FEMINICÍDIO.
LOC: COMISSÃO DEBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E OUVE SUGESTÕES DE ESPECIALISTAS PARA DIMINUIR CASOS NO BRASIL. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
TÉC: A cada dois minutos, cinco mulheres são agredidas e assim, o Brasil alcança o quinto lugar num ranking de 83 países em números de feminicídio. Uma em cada cinco mulheres assume que já foi vítima de violência por parte de parceiro ou ex-companheiro, e 74% desses casos aconteceram dentro das próprias casas. Esses dados são da Organização Mundial da Saúde. A médica legista da Polícia Civil do Distrito Federal, Cyntia Nascimento, explica que existem várias maneiras de agredir uma pessoa, antes de chegar ao assassinato.
(CYNTIA) O que é essa violência contra a mulher? É qualquer ato de violência que gere ou que possa ensejar dano físico, sexual, psicológico, sofrimento pra essa mulher, dano patrimonial.
Rep: E a delegada de polícia, Jane Klébia Silva, reforçou que ninguém tem o direito de machucar outra pessoa, independentemente de qualquer outro fator, como a roupa que a mulher estiver vestindo.
(JANE) Mulher vítima de violência, ela é só, única e exclusivamente, vítima. Nada, nada do que ela faça vai dar o direito do outro agredi-la.
Rep: Em audiência pública sobre o tema na Comissão Mista de Combate a Violência contra a Mulher, a senadora Zenaide Maia, do Pros do Rio Grande do Norte, defendeu que a educação é a maior arma contra esse tipo de crime.
(ZENAIDE) Isso é uma luta diária por respeito. A prevenção está também na educação, porque conhecimento é poder. Ninguém empodera ninguém sem conhecimento.
Rep: A organização das Nações Unidas reconhece a violência de gênero como uma barreira ao desenvolvimento e tem como meta para 2030 erradicar os casos de feminicídio, dentro dos objetivos de desenvolvimento sustentável. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.