Comissão pede informações ao ministro da Saúde sobre combate à Aids

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LOC: O SENADO PODERÁ PEDIR AO MINISTRO DA SAÚDE INFORMAÇÕES SOBRE A CONTINUIDADE DA POLÍTICA DE COMBATE À AIDS. LOC: APROVADO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, O REQUERIMENTO SERÁ VOTADO NO PLENÁRIO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (TÉC): De iniciativa do senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, será pedido ao ministro da Saúde, Luiz Mandetta, esclarecimentos sobre os resultados da política de combate à Aids. Ele quer saber quanto foi gasto pelo governo no ano passado com a compra de medicamentos e o custo estimado para 2020. Aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, o pedido de informações também questiona a ligação do Ministério da Saúde com a campanha do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos que sugere adiar o início da vida sexual para prevenir a gravidez precoce. O senador Rogério Carvalho criticou a mudança de foco do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. (Rogério Carvalho): “Em maio de 2019, o governo federal modificou a estrutura do departamento que promove o combate à Aids no Ministério da Saúde. O departamento passou, então, a tratar de doenças que não são transmissíveis sexualmente, como hanseníase e tuberculose. As políticas públicas para doenças sexualmente transmissíveis foram prejudicadas”. (Repórter): Segundo as Nações Unidas, o número de casos de infecção pelo HIV entre jovens brasileiros cresceu 21% de 2010 a 2018, quando a tendência mundial é estagnar o número de novos casos. Rogério Carvalho citou que, segundo especialistas, o avanço do vírus tem relação com a redução das campanhas preventivas. O senador também considerou desrespeitosas as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que uma pessoa com HIV, além de ser um problema sério para ela, é uma despesa para todos no Brasil. (Rogério Carvalho): “A resposta do atual governo é pré-histórica e ineficaz. Em vez de ampliar debates acerca de educação sexual, criar uma campanha informativa sobre o vírus e fortalecer o programa, o governo opta por uma campanha de abstinência sexual e o desmantelamento do departamento que era exemplo de saúde pública no mundo”. (Repórter): O pedido de informações foi enviado pela Comissão de Assuntos Sociais para análise no Plenário. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges. REQ 9/2020 - CAS