Submarinos nucleares serão fiscalizados pela Marinha, aprova CRE — Rádio Senado
Defesa

Submarinos nucleares serão fiscalizados pela Marinha, aprova CRE

A comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional aprovou nesta terça-feira (3) o projeto que transfere para o Comando da Marinha o licenciamento e a fiscalização de submarinos à propulsão nuclear, hoje sob responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). De acordo com o relator, senador Jaques Wagner (PT-BA), uma unidade militar independente será criada por envolver segredos militares e material radioativo. Brasil deverá ter o primeiro submarino nuclear em 2029, de acordo com a Marinha.  A reportagem é de Marcella Cunha.

03/12/2019, 17h44 - ATUALIZADO EM 03/12/2019, 18h25
Duração de áudio: 02:03
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Transcrição
LOC: FUTUROS SUBMARINOS BRASILEIROS COM PROPULSÃO NUCLEAR SERÃO FISCALIZADOS PELO COMANDO DA MARINHA. LOC: É O QUE APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: A fiscalização e o licenciamento de submarinos movidos a energia nuclear vão ficar a cargo do Comando da Marinha, que deve criar uma organização militar independente com essa finalidade. Hoje, todas as normas de segurança sobre materiais nucleares são de competência da Comissão Nacional de Energia Nuclear, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas como a Marinha é responsável pelo Prosub, o Programa de Desenvolvimento do Submarino com Propulsão Nuclear, essa função será transferida. É o que explicou o relator da proposta, senador Jaques Wagner, do PT da Bahia. (Jaques): Tudo que trata da condução dos meios da energia nuclear para o submarino ficarão sob a supervisão de uma unidade militar, porque envolve muito segredo militar. Evidentemente uma unidade independente que, óbvio está sob o comando da Marinha, porém tem a responsabilidade específica de todos os cuidados que são necessários quando você tá trabalhando com material radioativo. (Rep) Atualmente, apenas cinco países possuem submarinos nucleares. A Marinha Brasileira trabalha para, em 2029, entregar o primeiro submergível nuclear nacional. A principal vantagem é relacionada ao elemento surpresa: ele não precisa voltar à superfície para recarregar as baterias. Além de poder ficar submerso por meses, o reator nuclear permite que o submarino atinja altas velocidades em pouco tempo, como destacou Jaques Wagner. (Jaques): Ele não ele não carregará armas nucleares, mas por ter uma propulsão nuclear ele consegue ficar muito mais tempo submerso, então ele acaba sendo uma arma e principalmente para o policiamento das nossas das áreas do mar, sobre o território nacional, muito mais importante. (Rep) O projeto, que já havia sido aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia, segue para análise do plenário. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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