CE aprova criação do Dia Nacional do Candomblé — Rádio Senado
Cultura

CE aprova criação do Dia Nacional do Candomblé

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (5) o projeto que institui o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé (PLC 69/2018). O relator, senador Paulo Paim (PT-RS), sugeriu a data de 21 de março, que é o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. O projeto seguiu para análise do Plenário.   A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

05/11/2019, 14h08 - ATUALIZADO EM 05/11/2019, 16h02
Duração de áudio: 01:31
Reprodução/Youtube

Transcrição
LOC: APROVADO O DIA NACIONAL DAS TRADIÇÕES DAS RAÍZES DE MATRIZES AFRICANAS E NAÇÕES DO CANDOMBLÉ. LOC: A DECISÃO É DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE E AINDA PRECISAR SER ANALISADA PELO PLENÁRIO. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) O dia 21 de março poderá se tornar o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. É o que aprovou a Comissão de Educação, Cultura e Esporte. A data foi sugerida pelo relator da proposta na Comissão de Educação, Cultura e Esporte, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. (Paulo Paim) Foi a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para estabelecer o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial. A ocasião relembra o massacre de 69 pessoas negras que protestavam pacificamente contra o regime de segregação racial na África do Sul, em 1960. (Repórter) Paim ressaltou que o candomblé faz parte da identidade cultural e religiosa do país, com mais de 3 milhões de praticantes. Já o vice-presidente da Comissão, senador Flávio Arns, da Rede Sustentabilidade do Paraná, chamou atenção para o caráter universal das religiões. (Flávio Arns) Nós temos que trabalhar na verdade por esta convergência e sintonia dos valores que todas as religiões apresentam. De humanidade, solidariedade, compaixão, amor, direitos, cidadania. (Repórter) O candomblé tem origem africana, na região onde hoje é a Nigéria, e se disseminou no Brasil através dos escravos. Fez uso do sincretismo como forma de legitimação, associando os Orixás aos santos católicos. Durante séculos, a religião foi proibida e seus praticantes, presos e perseguidos. PLC 69/2018

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