Comissão debate incentivo ao crédito de carbono para reduzir emissão de gases de efeito estufa — Rádio Senado
Mudanças Climáticas

Comissão debate incentivo ao crédito de carbono para reduzir emissão de gases de efeito estufa

A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas debateu, em audiência pública, medidas de incentivo a redução da emissão de gases de efeito estufa, entre elas, o Mercado de Carbono e as propostas brasileiras para o REDD+. As informações são da repórter Lara Kinue, da Rádio Senado.

23/10/2019, 19h17 - ATUALIZADO EM 23/10/2019, 19h17
Duração de áudio: 02:16
secom.to.gov.br

Transcrição
LOC: A COMISSÃO MISTA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEBATEU MEDIDAS QUE INCENTIVAM A REDUÇÃO DA EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA. LOC: MERCADO DE CARBONO E REDD+ FORAM ALGUMAS DAS MEDIDAS DESTACADAS PELOS CONVIDADOS. A REPORTAGEM É DE LARA KINUE. TÉC: As atividades humanas emitem diferentes gases, entre eles, o dióxido de carbono, que intensifica o efeito estufa. Para incentivar os países e o setor privado a reduzir a emissão dos gases foi criado, durante a ECO-92, o Mercado de Carbono. A expressão se refere à comercialização de créditos de redução de emissão de gases de efeito estufa, conhecidos como crédito de carbono. Outra medida é o programa conhecido como REDD+, que incentiva países em desenvolvimento a diminuir as emissões provenientes de desmatamento e degradação florestal. Audiência pública na Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas debateu sobre Mercados de carbono, a proposta brasileira para o REDD+ e o Fundo Amazônia, o ministro Leonardo Cleaver, representante do Ministério das Relações Exteriores, destacou que cada caso deve ser avaliado individualmente. Para ele, não é possível aplicar uma lógica de Mercado de Carbono ao REDD+. (Leonardo Cleaver) O Brasil, ou um país em desenvolvimento, apresenta um resultado de redução de emissões de desmatamento e essa redução de emissões é contabilizada como um resultado que vai contribuir para o cumprimento da meta brasileira. No momento em que você insere isso numa lógica de mercado a coisa muda completamente de figura, porque aí o resultado de REDD ocorrido no Brasil seja transacionado e vendido para o exterior, isso significará: um outro país é que vai pegar o resultado obtido no Brasil e vai poder contabilizar para o cumprimento da sua meta de mitigação. (REP) A representante do Ministério da Economia, Ana Luiza Champloni, apresentou iniciativas para o setor. Entre elas, o Projeto PMR Brasil, com recomendações sobre instrumentos de precificação de carbono e ajustes nas políticas públicas. (Ana Luiza Champloni) Esse projeto tem sido coordenado dentro do Ministério da Economia, em parceria com o Banco Mundial, e como seus objetivos principais é: subsidiar a tomada de decisão pelo Brasil sobre adoção de instrumento de precificação, avaliar custos e benefícios de uma tomada de decisão, e com isso o objetivo é buscar entender onde é viável para gerar uma proposta de política pública, e com isso a gente auxiliar a estratégia do Brasil para rompimento do acordo de Paris e da Política Nacional de Mudança do Clima. (REP) Dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa, de 2017, apontam o Brasil como o sétimo maior emissor de dióxido de carbono do planeta. Com supervisão de Mauricio de Santi, da Rádio Senado, Lara Kinue.

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