CCT debate impacto de capitalização da Eletrobrás em centro de pesquisas — Rádio Senado
Audiência pública

CCT debate impacto de capitalização da Eletrobrás em centro de pesquisas

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) debateu em audiência pública os impactos de uma possível capitalização da Eletrobrás, proposta do governo Jair Bolsonaro, que deve ser encaminhada ao Congresso ainda este ano. A preocupação é com o funcionamento do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica. O diretor da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, Anderson Oliveira, garantiu que os trabalhos do centro de pesquisas terão continuidade. Mas o senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) alertou que muitos dos cientistas brasileiros estão deixando o país em função da perda de recursos na área de pesquisa. A reportagem é de Lívia Torres, da Rádio Senado.

 

Veja a íntegra da audiência pública aqui.

01/10/2019, 18h27 - ATUALIZADO EM 01/10/2019, 18h43
Duração de áudio: 01:55
Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realiza  audiência pública interativa para tratar sobre proposta de capitalização da Eletrobras.

Mesa:
diretor de programa da Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), Anderson Márcio de Oliveira;
presidente da CCT,  senador Vanderlan Cardoso (PP-GO);
diretor de tansmissão das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), Márcio Szechtman; 
diretor-geral do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), Amilcar Gonçalves Guerreiro.
 
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DISCUTIU OS IMPACTOS DA POSSÍVEL CAPITALIZAÇÃO DA ELETROBRÁS NO CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA LOC: O MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA GARANTIU QUE O CEPEL NÃO SERÁ AFETADO, MAS O SENADOR VANDERLAN CARDOSO ALERTOU QUE MUITOS CIENTISTAS ESTÃO DEIXANDO O PAÍS POR FALTA DE INCENTIVOS. REPÓRTER LÍVIA TORRES: (Repórter) As principais hidrelétricas e bacias hidrográficas do país são controladas pela Eletrobrás. A pretensão de capitalizar a empresa foi assunto de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia no Senado. O foco foi no funcionamento do Cepel, Centro de Pesquisa de Energia Elétrica. A preocupação é com a possibilidade de paralisação da entidade, fundada em 1974 com o objetivo de fornecer soluções tecnológicas para a área de energia elétrica. O diretor da secretaria executiva do Ministério de Minas e Energia, Anderson Oliveira, garantiu que os trabalhos do centro de pesquisas terão continuidade: (Anderson Oliveira) “Há uma preocupação do governo na manutenção do Cepel. Então, diante disso será previsto a manutenção de sobrevida do cepel, diante do reconhecimento do Ministério da qualidade técnica e do tipo de serviço que ele presta para o setor elétrico. É uma preocupação do governo, e prever também mecanismos que permitam a viabilidade do cepel, mesmo depois de a eletrobras ser capitalizada” (Repórter) O senador Vanderlan Cardoso, do PP de Góias, alertou que muitos dos cientistas brasileiros estão deixando o país em função da perda de recursos na área de pesquisa: (Vanderlan Cardoso) “Nós estamos perdendo muitos profissionais na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Esses dias um relatório que chegou até nós, que nós estamos perdendo muitos desses profissionais para o Chile, para a China” (Repórter) O Governo deve enviar ao Congresso ainda este ano uma proposta com regras para a capitalização da Eletrobrás. A intenção é arrecadar R$ 18 bilhões com a emissão de novas ações da companhia. A Cepel presta apoio técnico a iniciativas do Governo, como as voltadas à universalização do acesso à energia elétrica e ao desenvolvimento sustentável.

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