Representantes de servidores veem ataque do governo às instituições públicas

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU O PAPEL DO ESTADO BRASILEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS NO SÉCULO XXI. LOC: REPRESENTANTES DE TRABALHADORES DE DIVERSOS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS CITARAM UM DESMONTE DO PODER PÚBLICO QUE ATINGE OS MAIS POBRES. A REPORTAGEM É DE RODRIGO RESENDE: (Repórter) A Comissão de Direitos Humanos do Senado recebeu representantes de trabalhadores de diversas instituições públicas para debater o papel do Estado para o desenvolvimento do país. O diretor, pesquisador e representante do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz Carlos Fidelis da Ponte, afirmou que o Estado deve acompanhar o histórico social, principalmente no caso do Brasil: (Carlos Fidelis) O estado deve ser do tamanho do passivo social e histórico que ele tem a enfrentar e do tamanho do projeto de país que ele está ligado. (Repórter) O representante da Associação dos Servidores do Ipea e do Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea, José Celso Cardoso Júnior, alertou que estão sob risco os pilares que sustentam a qualidade para a gestão do Estado e, consequentemente, as políticas públicas. (José Celso) Quais são os 4 pilares históricos fundamentais que estruturaram não só no Brasil mas nos países desenvolvidos sobretudo, são justamente os 4 pilares que estão sob ataque e estarão sob ataque na proposta de reforma administrativa, ou seja: a estabilidade, a remuneração, a capacitação e a cooperação. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidente da CDH, afirmou que está preocupado com uma possível privatização irrestrita dos serviços públicos: (Paulo Paim) Eu vi uma fala do ministro da economia que ele disse que por ele privatiza tudo. Quando ele fala tudo, eu me pergunto: vai privatizar a saúde? Quem pode pagar plano de saúde privado? Quem pode pagar? (Repórter) O representante do Sindicato dos Trabalhadores e Pesquisadores do INPE, Acioli Antônio de Olivo, afirmou que as instituições de ciência do Brasil estão preparadas para o século XXI, mas precisam de recursos: (Acioli Antônio de Olivo) É interessante porque nós temos aqui, além do INPE, uma série de instituições que estão preparadas no século XXI. São instituições que construíram suas carreiras e suas trajetórias baseado na ciência, baseado na ética, baseada no compromisso de servidores públicos com as suas missões. (Repórter) Já o pesquisador e representante dos trabalhadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico, Roberto Muniz, lamentou os cortes no CNPq e destacou a necessidade de 330 milhões de reais para o fechamento das contas em 2019: (Roberto Muniz) CNPq mantem 84 mil bolsistas no país. Esses 84 mil bolsistas vão deixar de receber a partir de setembro se nada for feito (Repórter) Participaram da audiência representantes de trabalhadores do BNDES, dos profissionais de ensino superior, da FINEP e do IBGE.