Bolsonaro sanciona individualização de dívidas rurais em contratos coletivos
Agricultores que ingressam em planos coletivos de financiamento não podem ser prejudicados pela inadimplência de outros associados. É o que diz projeto aprovado no Congresso Nacional (PLC 151/2017) e transformado em lei (Lei 13.864) no último dia 9. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) afirmou que a medida é justa. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: AGRICULTORES QUE INGRESSAM EM PLANOS COLETIVOS DE FINANCIAMENTO NÃO PODEM SER PREJUDICADOS PELA INADIMPLÊNCIA DE OUTROS ASSOCIADOS.
LOC: É O QUE DIZ PROJETO APROVADO PELO CONGRESSO NACIONAL E TRANSFORMADO EM LEI NO ÚLTIMO DIA 9. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: Se um produtor rural deixa de pagar sua parte em um contrato coletivo de empréstimo junto aos programas Banco da Terra e Cédula da Terra, os demais participantes acabam tendo que arcar com o ônus dessa inadimplência. Perdem novos financiamentos e a oportunidade de regularização do imóvel. A individualização da dívida já era possível, mas dependia da unanimidade dos participantes. A nova lei determina que a maioria simples dos associados pode pedir essa individualização. Uma medida justa, segundo a senadora Kátia Abreu, do PDT do Tocantins.
(Kátia): Porque, num grupo criado, montado para o financiamento, nem todos estão ali, de fato, dispostos a empreender na atividade agropecuária. E aqueles que estão dispostos ficam dependentes desses demais. E aqueles de boa-fé, com vocação e talento, ficam presos e não podem ter o seu financiamento individualizado. Então, não é justo que essa pessoa fique prejudicada pelos demais.
(Repórter): A nova legislação deve atingir mais de dois mil contratos e 46 mil famílias. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.
PLC 151/2017