Senadores questionam Moro sobre atuação na operação Lava Jato — Rádio Senado
Justiça

Senadores questionam Moro sobre atuação na operação Lava Jato

O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nesta quarta-feira (19), que sempre agiu com imparcialidade durante a operação Lava Jato. Senadores da oposição rebateram as afirmações de Moro. Outros parlamentares defenderam a operação. A reportagem é de Rodrigo Resende.

19/06/2019, 12h56 - ATUALIZADO EM 19/06/2019, 12h56
Duração de áudio: 02:07
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública para ouvir o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, sobre informações e esclarecimentos a respeito das notícias veiculadas na imprensa relacionadas à Operação Lava Jato.\r\rMesa:\rministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro;\rpresidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS).\r\rFoto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela

Transcrição
LOC: SENADORES DA OPOSIÇÃO QUESTIONARAM SÉRGIO MORO SOBRE IMPARCIALIDADE NA CONDUÇÃO DA OPERAÇÃO LAVA JATO. LOC: JÁ OUTROS PARLAMENTARES DEFENDERAM A OPERAÇÃO E PEDIRAM INVESTIGAÇÃO SOBRE OS ATAQUES A CELULARES DE PROCURADORES E DO MINISTRO. A REPORTAGEM É RODRIGO RESENDE: TÉC: O senador Weverton, do PDT do Maranhão, foi um dos que questionou, durante audiência na CCJ, a imparcialidade de Sérgio Moro durante a Lava Jato: (Weverton): Eu lhe pergunto: em um sistema processual penal acusatório não deveria o juiz manter equidistante das partes? (Rep) Moro afirmou que sempre agiu dentro da lei e que eventuais mensagens trocadas com procuradores não influenciavam no resultado dos processos: (Moro): é normal, depois da decisão proferida, haver uma decisão sobre questão de logística. E eventualmente pode ter tido uma mensagem nesse sentido. Isso não tem nada de revelação de imparcialidade ou de conteúdo impróprio (Rep) O senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, defendeu a apuração dos ataques a celulares de procuradores e do ministro: (Bezerra): Independentemente da autenticidade ou não dessas mensagens está muito claro que o ministro da Justiça foi vítima de vários crimes cujos autores devem ser identificados e punidos onde é que se encontrem (Rep)O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, destacou que as mensagens divulgadas não podem tirar o mérito da operação Lava Jato: (Alessandro): Nesse momento específico nós estamos falando de decisões e de ações do então magistrado Sérgio Moro que foram objetos de centenas de recursos nas instâncias superiores (Rep) Rogério Carvalho, senador pelo PT de Sergipe, quis saber sobre possível contato de Moro, na época juiz de primeira instância, com juízes que revisariam os casos por ele julgados: (Rogério): E eu pergunto a Vossa Excelência e espero que o senhor fale a verdade. Vossa Excelência mantem hábito que conversar com magistrados do TRF 4 por aplicativos de mensagens? Que tipo de mensagem?”. (Rep) Moro rebateu: (Moro): Eu sempre conduzia a minha ação como juiz de maneira imparcial e aplicando a lei. Jamais dirigi a atuação dos tribunais que examinaram as minhas decisões nas instâncias recursais ou nas instâncias superiores”. (Rep) Sérgio Moro deixou a magistratura quando assumiu o ministério da Justiça e da Segurança Pública de Jair Bolsonaro. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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