Combate à pedofilia ainda é desafio para o Brasil, alertam convidados na CDH — Rádio Senado
Audiência pública

Combate à pedofilia ainda é desafio para o Brasil, alertam convidados na CDH

A pedofilia, crime sexual contra crianças, ainda é uma triste realidade no país. Investimentos em abrigos de acolhimento, capacitação de profissionais e maior aparato tecnológico para as investigações foram citados como instrumentos para combater o problema, durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos. A internet também gera cada vez mais casos, segundo os convidados que pediram trabalho em conjunto entre estados e a criação de uma rede de proteção federal. Ouça mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.

 

21/05/2019, 12h43 - ATUALIZADO EM 21/05/2019, 12h43
Duração de áudio: 01:55
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre: "A violência sexual contra vulneráveis em suas diversas formas, especialmente a pedofilia na internet".

Mesa:
inspetor e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Policia Rodoviária Federal (PRF), José Teógenes Abreu;
diretor de Enfrentamento às Violações de Direitos da Criança e do Adolescentes do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), Cleyton Bezerra;
presidente eventual da CDH, senador Styvenson Valentim (Pode-RN);
chefe da Delegacia de Defesa Institucional do Rio de Janeiro (Delinst/RJ), Paula Mary Albuquerque.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A PEDOFILIA, CRIME SEXUAL CONTRA CRIANÇAS, EXIGE INVESTIMENTOS EM ABRIGOS, CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS E MAIOR APARATO TECNOLÓGICO PARA AS INVESTIGAÇÕES. LOC: EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, ESPECIALISTAS DEFENDERAM UM TRABALHO EM CONJUNTO ENTRE OS ESTADOS E A CRIAÇÃO DE UMA REDE DE PROTEÇÃO FEDERAL. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) A delegada da Polícia Federal que atua em crimes de pedofilia no Rio de Janeiro, Paula Albuquerque, descreveu casos estarrecedores de abusos de crianças que ocorrem, principalmente, dentro do recinto familiar. Dados revelam que mais de 70% dos registros são de crimes cometidos pelos próprios familiares ou conhecidos que convivem com a criança. A delegada alertou que a internet pulveriza esse tipo de crime e dificulta as investigações. Paula Albuquerque defende que esta transgressão seja atacada em diversas áreas. (Paula Albuquerque) As pessoas que atuam na ponta por exemplo na área de saúde na área de educação não tem uma capacitação adequada, por vezes identificam que é um abuso tá acontecendo mas eles não sabem a quem eu comunico, o que eu faço? A questão na delegacia para se resolver é fácil você ouvir todo mundo e manda todo mundo embora, mas aquilo para mim como profissional me gera uma angústia que eu sei que eu não tô resolvendo um problema e aquela criança vai voltar para aquele ambiente. (Repórter) O diretor de enfrentamento às Violações de Direitos da Criança, do Ministério da Família e Direitos Humanos, Cleyton Bezerra, disse que o desafio do governo é trabalhar com as famílias, incluindo a questão socioeconômica. O senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, um dos que pediu a audiência, alertou sobre a reincidência dos crimes. Um cadastro nacional com os nomes dos pedófilos já julgados, que poderia ser acessado por qualquer cidadão foi debatido durante a reunião como instrumento para intimidar esses criminosos. (Styvenson Valentim) Não só a vítima, reincidentemente, mas o criminoso está praticando várias vezes o mesmo crime. Essa audiência pública tem essa proposta de trazer essa discussão. (Repórter) Segundo o senador, outros debates sobre o tema serão promovidos na CDH.

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