Audiência pública no Senado discute o papel da educação no combate à violência contra a mulher — Rádio Senado
Violência Contra Mulher

Audiência pública no Senado discute o papel da educação no combate à violência contra a mulher

Segundo o Observatório da Mulher contra a Violência, mais de quatro mil e seiscentas mulheres foram assassinadas em 2015. Mas não se sabe, por exemplo, qual o percentual dessas mortes é feminicídio -- o assassinato de mulheres por homens, simplesmente pela diferença de gênero. A Comissão de Educação no Senado promoveu uma audiência pública nesta terça-feira (30) para discutir o papel da educação na transformação dessa realidade, e para conhecer melhor o projeto Caminho das Flores. Ele foi criado em 2018 pela Polícia Civil do Distrito Federal para ajudar no combate à violência contra a mulher. A reportagem é de Floriano Filho.


30/04/2019, 18h44 - ATUALIZADO EM 30/04/2019, 18h44
Duração de áudio: 02:37
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza audiência pública interativa destinada "a debater a importância da educação para a mudança de mentalidades e o fortalecimento das políticas para as mulheres".

Cantora Luciana Lupe se apresenta durante audiência pública. 

Mesa:
procuradora da Fazenda Nacional (PRFN da 1ª Região - DF) e integrante do "Projeto Caminho das Flores", Neydja Morais;
presidente eventual da CE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS);
delegada-Chefe da 23ª Delegacia de Polícia da Ceilândia e integrante do "Projeto Caminho das Flores", Márcia Margarete Pessanha;
diretora de Gênero do Fórum de Mulheres do Mercosul e integrante do "Projeto Caminho das Flores", Lúcia Bessa.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A EDUCAÇÃO TEM UM PAPEL TRANSFORMADOR NA CONDIÇÃO SOCIAL DAS MULHERES E AJUDA A COMBATER A VIOLÊNCIA. LOC: O ASSUNTO FOI DISCUTIDO DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO. A REPORTAGEM É DE FLORIANO FILHO: TÉC: A Lei Maria da Penha obriga a inclusão de estatísticas sobre violência contra a mulher nas bases de dados oficiais. Só que esses levantamentos não têm sido feitos de forma sistemática e organizada. A falta de dados atualizados e confiáveis prejudica a adoção de políticas públicas adequadas para proteção feminina. Um dos esforços para suprir essa lacuna é o Observatório da Mulher contra a Violência, que produz dicionários de dados e tabelas a partir das estatísticas disponíveis. Segundo o observatório, mais de quatro mil e seiscentas mulheres foram assassinadas em 2015. Mas não se sabe, por exemplo, que percentual dessas mortes é feminicídio -- o assassinato de mulheres por homens, simplesmente pela diferença de gênero. A Comissão de Educação no Senado promoveu uma audiência pública nesta terça-feira para discutir o papel da educação na transformação dessa realidade, e para conhecer melhor o projeto Caminho das Flores. Ele foi criado em 2018 pela Polícia Civil do Distrito Federal em parceria com a comunidade local. A policial civil Deise de Andrade foi uma das pioneiras no projeto pelo fato da educação ter mudado para melhor a própria história da família dela. Deise disse que é preciso haver mais solidariedade para que as mulheres possam alcançar uma melhor posição social. (Deise): Nós precisamos ser mulheres solidárias. Precisamos olhar no olho uma das outras. E segurar na mão (...) e avançar. E não ter medo do brilho da outra, (...) de compartilhar o saber e compartilhar oportunidades. (Rep) O senador Nelsinho Trad, do PSD de Mato Grosso do Sul, presidiu a maior parte da audiência e afirmou que a educação é uma das principais ferramentas de transformação social. (Nelsinho): O que tem que ter é professor bem capacitado. Professor que possa fazer o enfrentamento das questões que envolvem hoje a sociedade. (Rep): Os casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo número de telefone 180. Da Rádio Senado, Floriano Filho. REQ 34/2019

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