1º de maio será marcado por mobilizações contra Reforma da Previdência — Rádio Senado
Dia do Trabalhador

1º de maio será marcado por mobilizações contra Reforma da Previdência

As manifestações de trabalhadores neste 1º de maio terão como mote as críticas à Reforma da Previdência proposta pelo governo. Categorias como a dos professores não concordam com mudanças nas regras de aposentadoria. Apesar de considerar a Reforma necessária, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) defende a manutenção da aposentadoria especial para docentes. Para o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), a Reforma da Previdência não solucionará a crise fiscal, assim como a Reforma Trabalhista não solucionou o problema do desemprego no país. A reportagem é de Marcela Diniz.

30/04/2019, 18h03 - ATUALIZADO EM 30/04/2019, 18h24
Duração de áudio: 02:35
Fachada do Congresso Nacional durante pôr do sol. Sede das duas Casas do Poder Legislativo brasileiro, o Congresso é obra do arquiteto Oscar Niemeyer. 

As cúpulas abrigam os plenários da Câmara dos Deputados (côncava) e do Senado Federal (convexa), enquanto que nas duas torres - as mais altas de Brasília, com 100 metros - funcionam as áreas administrativas e técnicas que dão suporte ao trabalho legislativo diário das duas instituições. 

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRIMEIRO DE MAIO DESTE ANO SERÁ MARCADO POR MANIFESTAÇÕES CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, EM DEBATE NO CONGRESSO NACIONAL. LOC: ESCOLHIDA COMO TEMA DAS MOBILIZAÇÕES DO DIA DO TRABALHADOR, A PROPOSTA DE REFORMA DO GOVERNO TEM RECEBIDO CRÍTICAS DE CATEGORIAS COMO A DOS PROFESSORES. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ. TÉC: Mobilizados contra a Reforma da Previdência, sindicatos de diversas categorias de trabalhadores se manifestam neste primeiro de maio em todo o Brasil, entre eles, o dos professores. A proposta do governo prevê aumento no tempo de contribuição e de serviço que, no caso das docentes, será de 10 anos a mais no fim do período de transição. Em debate promovido pelo Senado, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Gomes Filho, pediu a adesão da categoria às manifestações do Dia do Trabalhador e criticou a mudança no cálculo dos benefícios: para um professor que recebe em média 2.500 reais, valor que hoje corresponde ao piso da categoria, a aposentadoria equivaleria a 60% desse valor: (Heleno) Se eu quiser aumentar, a cada ano, 2%; aí, vou lá para a idade de 60 anos, 65 anos. Você decide se você quer se aposentar nessa transição recebendo 1.534 reais ou se você vem pra rua nesse 1º de maio, lutar contra essas medidas absurdas desse governo. (Rep) Álvaro Dias, do Podemos do Paraná, foi autor da proposta que originou a Emenda Constitucional 18, de 1981, que instituiu a aposentadoria especial para professores e, apesar de considerar a Reforma da Previdência necessária, defende que a categoria continue com esse direito. O senador argumenta que o tratamento diferenciado foi pensado como um estímulo ao magistério, já que os salários não estimulavam a adoção dessa carreira: (Alvaro) Se continuam não estimulando, porque alterar aquilo que se colocou como um estímulo? Então, nós defendemos, sim, a manutenção de um sistema jurídico diferenciado para a aposentadoria dos professores. É inegável que há a necessidade da reforma da Previdência, mas nós temos que olhar muito mais para o interesse da população brasileira do que o governo. (Rep) Para Veneziano Vital do Rêgo, do PSB da Paraíba, a Reforma da Previdência não será solução para a crise fiscal, assim como a reforma trabalhista não foi para o desemprego no país: (Veneziano) Gostaria de estar aqui aberto a dizer: Parabéns, trabalhadores brasileiros, que bom que os indicadores mostram que as melhores decisões foram tomadas pela Câmara Federal, pelo Senado, pelos governos que propuseram essas mudanças, mas, lastimável e lamentavelmente, não é isto que nós vemos. (Rep) Dados do IBGE divulgados na véspera do feriado mostram que a população desocupada no país cresceu 10,2% entre o último trimestre do ano passado e o primeiro de 2019 e chegou a 13,4 milhões de brasileiros. Da Rádio Senado, Marcela Diniz. PEC 06/2019

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